terça-feira, outubro 8, 2024
Tecnologia

Qual é a distro Linux mais segura? – Blog Diolinux

Qual é a distro Linux mais segura? Cadê as novidades do Deepin? Criptografia de sistemas operacionais vale a pena? Com quais sistemas o Diolinux colabora? Existem softwares para ditar textos no Linux? Se eu mandar uma IA cria uma imagem, eu sou o autor dela? Essas são perguntas do Diolinux Responde desse mês que responderemos!
Membros do canal tem vários outros benefícios que leva um tempão só para contar, incluindo participar do Diolinux Responde de cada mês. Confira cada um deles. Vamos para as perguntas!
O membro @smrabelo perguntou:
“Dio e equipe, parabéns por tudo o que fazem para a comunidade de Linux e tecnologia. Em relação a segurança, sabemos que não há nenhum sistema 100% seguro, mas na sua visão, qual seria a distro que tem como ponto principal, a segurança para o usuário? Abraços.”
Muito da segurança de qualquer sistema está relacionado a como o usuário interage. Apesar da fama de menos seguro que o Windows tem, certamente muitas pessoas conseguem usar o sistema da Microsoft ou qualquer outro, sem passar por nenhum perrengue aplicando sete regras básicas:
1 – Use um gestor de senhas e com senhas únicas para todas as suas contas online;
2 – Tenha autenticação em 2 fatores em todas as contas que você puder, ou pelo menos nas que você realmente se importa;
3 – Não clique em nada que você não sabe o que é e nem para onde leva, especialmente quando você não sabe a procedência;
4 – Não baixe, nem rode arquivos ou scripts que você sabe para que servem ou que você não confia;
5 – Mantenha os seus sistemas e aplicativos sempre atualizados para manter seguros;
6 – Leia sobre as notícias de segurança, sobre os golpes sendo praticados, isso deve te ajudar a ficar mais seguro;
7 – Use ferramentas de segurança básicas, como um firewall ou um antivírus, mesmo que seja os que já vem com os sistemas operacionais.
Outro ponto importante que muita gente esquece é a estratégia de reparo, caso algo dê errado, ter um backup das coisas que te importam não é uma má ideia.
O Tails Linux seria um dos sistemas mais seguros, ainda que seja um dos menos práticos para se usar como desktop comum, algo que é bem comum nesse meio, trocar excelência em privacidade e segurança, por praticidade.
Mais uma possibilidade interessante seria o QubeOS, um sistema que a gente ainda deve fazer vídeo aqui no canal, mas que vale a pena conferir.
Agora, uma pergunta do membro @nannybertulino30
“Olá Dio. Tudo bem? Antes gostaria de elogiar seu vídeo sobre o livro “A coragem de não agradar” Ótima reflexão que me fez parar para pensar sobre muitas coisas da minha vida. Obrigado por compartilhar isso. Minha pergunta é sobre o Deepin. Nunca mais tive notícias dele. Era fã da distro mas troquei pelo Zorin devido sua instabilidade. Alguma novidade sobre o Deepin? Abraços. Paulo Giovanny – Campina Grande/PB”
Ficamos muito felizes que você tenha gostado do vídeo Paulo, ele está entre os exclusivos membros do canal, vale muito a pena fazer uma reflexão sobre aqueles temas mais filosóficos do que tecnológicos, mas às vezes é bom a gente parar um pouco e pensar sobre a vida ao nosso redor.
Se você já é membro e ainda não viu, confere depois, se você ainda não é membro, saiba que esse é um dos muitos conteúdos exclusivos que os membros tem acesso, é uma ótima forma de apoiar o Diolinux e receber vários benefícios legais.
Sobre o Deepin, o sistema andou em baixa nos últimos anos, Wuhan, cidade onde a empresa do Deepin se baseia, foi uma das mais afetadas na época da pandemia na China e apesar de ser difícil dizer o tamanho do impacto, com certeza eles sentiram.
Uma boa forma de acompanhar as novidades deles é acompanhar o blog do sistema, eles compartilham novidades com uma certa frequência. Nos últimos tempos ele parecem ter trabalhado em coisas como integrar o Deepin ao WSL do Windows e no suporte a arquitetura Risc-V de processadores.
Quanto ao sistema em si, o site dá muito destaque ao Beta da versão 23, claramente enfatizando que ainda é um sistema instável.
Há alguns dias a gente mostrou para vocês o openKylin, sistema da China para desktops, e o fato de não ser o Deepin nesse cargo chamou a atenção. O suporte a Risc-V é uma amostra de que talvez eles estejam trabalhando para fazer o Deepin uma opção mais acessível para essa estratégia da China para poder não depender do Windows nos computadores, vendo isso como uma oportunidade de mercado.
A última vez falamos sobre o Deepin no canal, já era a versão 23, há quase um ano, e agora esperaremos a versão final realmente sair para poder trazer algum conteúdo para vocês.
Vamos à pergunta do membro @douglascardosohumanista.
“Salve Dio, equipe e confrades! Após muita pesquisa não consegui resolver um problema: ditar texto no Linux Mint. No Word e LibreWriter para Windows temos a ferramenta ‘ditado’. Para Linux não achei nenhum app que me permita ditar o texto pelo microfone e que ele vá escrevendo em um editor de texto. Alguma dica? Grato desde já.”
Esse é um tipo de tecnologia que ainda não exploramos muito, então não temos muita referência para passar, mas sabemos que serviços como o Google Docs e o Office online têm essas ferramentas.
Existem projetos de código aberto que implementam soluções bem robustas para isso, já que um bom speech-to-text requer um bom processamento de dados para sair com qualidade, como o Whisper. Não é à toa que quem oferece serviços assim geralmente tem serviços de infraestrutura e cloud por trás.
O membro @felippeserpa perguntou:
“Olá Dio e equipe. Tudo bem? Gostaria de saber sobre como funciona a criptografia de dados. Quais as vantagens de criptografar dados nas distros Linux? Há prejuízos muito grandes, caso se opte pela não criptografia?”
Criptografia é um assunto complexo, entender os fundamentos desse conceito vai te ajudar a entender a criptografia de discos também. Recomendamos uma playlist do canal computerphile sobre criptografia para entender isso.
Mas a gente pode tomar o LUKS como exemplo, uma especificação para um block device de encriptação. LUKS quer dizer “Linux Unified Key Setup”, é geralmente utilizado na criptografia de disco oferecida por padrão em várias distros.
A principal vantagem é a segurança, um dispositivo criptografado não pode ser acessado sem uma palavra passe, então mesmo que a pessoa tire o SSD ou HD do seu computador e conecte em outro, algo que burlaria o bloqueio de usuário e senha, se essa unidade estiver criptografada, nada feito.
Não há nenhum prejuízo específico ao optar por não criptografar as unidades, especialmente se é um desktop, um computador que está na sua casa. Se alguém roubar o computador ou você perder ele, ou qualquer coisa assim, os dados podem ser acessados facilmente sem precisar de senha.
É mais uma camada extra de segurança, você precisará entrar com a senha sempre para ligar o sistema operacional. Cabe decidir o que pesa mais, os malefícios e os benefícios de cada abordagem, por isso estudar e entender o que criptografia faz é uma ótima ideia.
Aliás, uma coisa que você pode fazer sempre que tiver dúvidas mensuráveis, é criar laboratórios com máquinas virtuais ou um computador extra que você tenha e testar isso.
Será que criptografia impactaria muito o seu uso cotidiano? Nada como testar na prática, né? Especialmente quando os resultados podem variar de equipamento para equipamento.
A pergunta do membro @joelsonjunior3971 é a seguinte:
“Boa noite, Dio. Você (ou alguém da sua equipe), é colaborador de alguma Distro, ou do Kernel Linux? Caso a resposta seja sim, de qual ? Um abraço.”
Acredito que não constantemente, mas esporadicamente sim. Vários membros da equipe já reportaram bugs para diversos sistemas, ajudaram a traduzir diversos softwares, produziram código, ou ajudamos por doações também. 
Se você contar marketing como algo relacionado a colaboração, sem dúvida a gente já fez muito, por muitas distros diferentes, através dos conteúdos que criamos.
O Diolinux não tem o objetivo de desenvolver software ou atuar dessa forma deliberadamente, mas com o tempo algumas oportunidades e necessidades apareceram, e a gente acabou fazendo algumas coisas.
No perfil do Diolinux no Github você encontra alguns projetos que a gente fez, alguns têm vários forks e dá para descobrir coisas legais que as pessoas fizeram a partir disso.
Vamos à questão do membro @Martins0110:
“Olá a todos, Dio eu instalei na minha distro o stable difusion, IA para gerar imagens a partir de um prompt. A partir desses prompts ele me gera uma imagem, eu posso dizer que eu sou o autor dessas imagens que foram criadas? Qual a sua opinião sobre essa questão de criações via IA?”
É uma questão interessante essa, não é? A gente poderia tentar fazer algumas analogias.
Imagine que você quer um novo quadro: Se tivesse dado as instruções a um pintor, e ele tivesse pintado o quadro como você mandou, a obra resultante poderia ser considerado um trabalho artístico seu?
Talvez você pudesse dividir os créditos da ideia, mas parece intuitivo dizer que quem pintou o quadro foi o pintor. Se você sentar em frente ao Photoshop e usar as ferramentas manuais que ele tem, combinadas com IA de algumas outras e criar imagens inéditas, as imagens são suas ou foi o Photoshop que gerou elas?
Nesse caso podemos dizer que você foi criador, já que você manipulou a ferramenta para criar a arte, tanto quanto o pintor manipulou o pincel para pintar um quadro.
O problema dessa situação com IA é que a forma de você comandar manualmente o programa para criar as artes, como acontece no Photoshop, e dizer o que você quer e um pintor produzir as artes é basicamente o mesmo processo.
Talvez essa concepção seja algo a ser definido ainda, mas no mínimo a gente pode dizer que são imagens que partiram de uma ideia que você teve, porém, indiscutivelmente geradas por alguém que não é você.
Como podemos considerar esses artistas de prompt de IA?  No caso de uma IA generativa de imagens, teria diferença em valor se uma pessoa gerasse uma linda imagem dizendo algumas poucas palavras, por exemplo: “crie uma arte abstrata bonita, com as cores x, y, z”, em comparação a outra que descreve detalhadamente como a imagem final deve se parecer? São várias boas perguntas, que não temos uma resposta definitiva ainda.
Algo que pode ajudar talvez é a gente pensar em outros formatos de conteúdo, se eu disser para o ChatGPT escrever um Livro, eu sou o autor do livro?
Acredito que não, mas isso não quer dizer que não seja um bom livro de se ler.
No caso de arte é ainda mais abstrato, já que o que as pessoas consideram belo ou “artístico”, a ponto de ter valor cultural, varia consideravelmente.
Por fim, vamos à pergunta do membro @CaioTechLabs
“Ola Dio e Equipe, Qual seria a melhor forma de ter dispositivos “100%” sincronizados, não somente arquivos mas todo o desktop, tenho atualmente 3 dispositivos (Linux) onde faço as mesmas tarefas, porem dependendo de onde estou, em casa Desktop e Steamdeck, e na rua Notebook, tento por conta propria deixar todo o sistema idêntico, todos rodam Linux Mint, resumindo, gostaria de deixar ambos com os mesmos apps, configurações (home, config de programas, temas aparencia.) Existe algo que possa ser feito?”
Caio, acho que a melhor forma de resolver esse problema é com o Syncthing, sincronizando a sua home completamente. Há algumas semanas, a gente publicou um vídeo no canal que mostra como funciona essa ferramenta incrível, fica como sugestão para todo mundo que ainda não viu!
Hospedado com ❤️ na Hostinger
© Diolinux 2024

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