quarta-feira, outubro 9, 2024
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Dipirona: o que é, para que serve, efeitos colaterais e indicações – VEJA Saúde


A dipirona é um anti-inflamatório não-esteroidal com ação analgésica e antitérmica. Ela é indicada para agir contra febre, dor de cabeça, dor muscular e cólicas.
Essa droga integra o grupo dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Por isso, dá para comprá-la nas farmácias sem uma receita médica. Mesmo assim, é importante ter alguns cuidados, como explicaremos adiante. O ideal é consultar um profissional de saúde.
A dipirona é administrada via oral, em comprimido ou gotas. “Também existe a versão injetável, mas essa é voltada para a utilização hospitalar”, completa o farmacêutico Leonardo Pereira, da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF).
Alguns dos nomes comerciais dessa medicação são:
• Novalgina
• Anador
• Magnopyrol
Há também as versões genéricas.
O medicamento leva de 30 a 60 minutos para começar a aplacar os sintomas que mencionamos antes. As formas líquidas acabam sendo mais rápidas.
A dipirona às vezes baixa levemente a pressão arterial. Isso não é um problema para a maioria das pessoas, mas gente que já apresenta crises de queda de pressão pode sofrer mais ao recebê-la. Atenção redobrada e uma conversa com profissionais de saúde são bem-vindas, especialmente nesses casos.
“Problemas hematológicos e renais podem ocorrer, mas são raros. Desde que o uso seja adequado, o risco é baixo. Por isso é importante não usar de forma indiscriminada”, explica Pereira, que também é professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP).
Ou seja, a maior ameaça é a utilização corriqueira, ou em largas doses. Se febre, dores ou outros sintomas forem recorrentes, procure um médico. Até porque, nesse contexto, a dipirona ou outros medicamentos podem mascarar uma doença mais séria.
Se alguém ingerir uma quantidade elevada, podem surgir náuseas, vômito, dor abdominal, comprometimento da função renal, vertigem, sonolência, queda brusca da pressão arterial e arritmia cardíaca.
“Mas isso só acontece em doses muito altas”, tranquiliza Pereira.
Crianças menores de 3 meses de vida e com peso abaixo de cinco quilos não devem tomar dipirona pelo efeito na pressão arterial.
Além disso, o remédio não é indicado para gestantes no primeiro trimestre de gravidez, devido ao risco de malformação do feto. “E aquelas que estão nos outros trimestres só podem usar sob supervisão médica”, orienta Pereira.
Portadores de doenças no fígado ou na medula óssea, ou alérgicos à dipirona, ou aos medicamentos da classe das pirazolonas fecham a lista de contraindicações.
Ah, e não consuma álcool durante a utilização do remédio. O efeito negativo das bebidas pode ser potencializado nessa situação.
A única interação importante conhecida é com a ciclosporina, uma droga receitada para pessoas que passaram por transplante de órgãos ou que possuem doenças autoimunes.
“Como a dipirona reduz os níveis da ciclosporina no sangue, essa perde o efeito”, informa Pereira.
Acontece que a ciclosporina ajuda a conter ataques das nossas células de defesa ao próprio corpo. Se ela deixa de agir direito, o risco de rejeição ao transplante ou de crises de uma enfermidade autoimune aumentam.
Fora isso, não há interação com outros medicamentos nem alimentos.
Sim. Aliás, ela é um dos poucos remédios para tratar a febre e a dor causadas pela dengue. “Isso ao contrário dos anti-inflamatórios esteroidais, que interferem na formação das plaquetas do sangue”, diferencia Pereira.
Mas nem precisamos dizer que, se você apresentar sinais suspeitos dessa infecção, é primordial conversar com um médico.
Assim como qualquer MIP, o que vale é o bom senso. A dipirona é indicada para quando surgir febre ou dor repentina.
“São problemas que chamamos de transtornos menores. Agora, se eles persistirem ou voltarem, é importantíssimo procurar o médico”, finaliza Pereira.
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