segunda-feira, outubro 7, 2024
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Vereador faz ataque capacitista a colega no interior: “Autista, louco”

São  Paulo — O presidente da Câmara Municipal de Guaiçara, no interior de São Paulo, proferiu ofensas capacitistas a um outro vereador da cidade ao pedir para cortarem o microfone do colega, a quem chamou de “vereador autista”.

O caso aconteceu durante a última sessão realizada na última segunda-feira (15/4) e foi transmitido pela canal oficial da prefeitura. Nela, é possível ver a discussão que registrou Wellington Lousado Pereira, conhecido como Chico Carabina (PTB) falando que o vereador Francisco Constábile Filho, o Chiquinho do Canjarana (PSB) “era um autista, um louco”.

No vídeo, Chico Carabina negou o direito de fala para Chiquinho do Canjarana alegando que o parlamentar já “usou da palavra” na sessão e que ele poderia voltar a falar apenas na próxima, porque aquela já havia virado uma “lavagem de roupa suja, uma feira”. A discussão que gerou a ofensa de cunho capacitista se iniciou a partir desse contexto.

“Por favor, corta o microfone do vereador autista. Autista, porque o senhor é um autista, o senhor é um louco para mim. Eu posso falar. Eu, como vereador”, diz Wellington Lousado Pereira, presidente da Câmara.

Em entrevista à TV Tem, Chico Carabina assumiu que cometeu um erro com a fala, mas que apesar disso, ela não representa seu posicionamento sobre o grupo de pessoas do transtorno do espectro autista (TEA). O parlamentar também se desculpou principalmente com as mães e parentes que se sentiram ofendidos.

Chiquinho do Canjarana não se manifestou.

A vice-prefeita de Guaiçara, Flávia Bittencourt Leão, repudiou o ocorrido: ”Venho tornar pública a minha indignação sobre o fato absurdo de crime de capacitismo”. Além da indignação, Flávia ainda prestou apoio à população e às famílias com pessoas com TEA.

A exemplo da gestora, a Associação dos Familiares e Amigos dos Pais de Autistas de Bauru (AFAPAB) também, por meio de nota, deixou sua insatisfação com as falas proferidas: “A aceitação do autismo deve ser o foco principal da conscientização, sem a banalização ou propagação de falas preconceituosas”.

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