quarta-feira, outubro 9, 2024
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Carlinhos Maia defende dar “cacete” em agressores de garoto de 13 anos

São Paulo – O influenciador digital Carlinhos Maia, que possui mais de 30 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram, divulgou um vídeo em que defende “dar um cacete” nos adolescentes que agrediram o garoto Carlos Gomes, de 13 anos, que morreu após o episódio de violência. Carlos teve três paradas cardiorrespiratórias enquanto estava internado na Santa Casa de Santos e não resistiu.

As agressões na escola aconteceram em 9 de abril. Ele morreu uma semana depois, no último dia 16.

Para Carlinhos Maia, “se toda a escola viu”, seria necessário fazer “igual ou pior com os agressores.

“Até quando as pessoas vão ficar vendo as coisas e vão ficar tipo permitindo, deixando? É igual o caso da mulher que apanha em casa o tempo todo e todo o bairro sabe. Cara, se todo o bairro sabe, as pessoas têm que entrar lá e dar um cacete em quem está batendo na mulher, pior do que ele está fazendo. Mesma coisa com esses meninos. Se toda a escola viu, entrava lá e dava um cacete pior ou igual”, afirmou o influenciador em stories, que não estão mais no ar.

Maia ainda defendeu que as escolas publicas ofereçam aulas de defesa pessoal e artes marciais, como jiu-jitsu e judô.

“Quando eu tiver meus filhos, a primeira coisa em que eu vou colocar eles é no jiu-jitsu, para aprender a se defender, jiu-jitsu, judô, qualquer coisa. Nas escolas públicas, deveria ter artes marciais, oficinas de autodefesa. Porque é impressionante como, desde que mundo é mundo, isso acontece”, disse.

As declarações de Carlinhos Maia provocaram indignação entre os seguidores. A ativista trans Morena Flowers disse ter registrado um boletim de ocorrência contra ele. Para a mulher, a fala do influenciador instiga um sentimento de vingança que está presente em atentados a escolas.

“Nos últimos anos, testemunhamos vários ataques a escolas no Brasil. A maioria tinha algo em comum: o atirador havia sofrido bullyng e nutria um desejo de vingança. Quando conseguiu acesso a armas, entrou na escola e muitas pessoas morreram. Por isto, não dá para aceitar que uma pessoa com milhões de seguidores plante a ideia de vingança e justiçamento em nossa comunidade”, diz ela.

Morte de adolescente

Carlos Gomes estudava no 6° Ano da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, localizada no bairro Vila Mirim. De acordo com o boletim de ocorrência, a agressão teria acontecido dentro da unidade. Os dois alunos, que são da mesma turma de Carlos, teriam pulado sobre as costas do adolescente.

O menino foi levado pelo pai ao Pronto Socorro Central da cidade, onde foi medicado e liberado, no último dia 9. No entanto, conforme o registro, as dores continuaram. O pai, então, o levou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, onde Carlos foi internado.

Na última terça-feira, o adolescente foi encaminhado ao Hospital Santa Casa de Santos. Porém, Carlos não resistiu e morreu dentro da unidade de saúde, segundo o boletim.

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