terça-feira, outubro 8, 2024
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Em crise com fundação da TV Cultura, secretária de Tarcísio não vai a reuniões desde setembro

Em pé de guerra desde o ano passado com a Fundação Padre Anchieta, que gere a TV Cultura, a secretária de Cultura de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Marilia Marton, não participa de reuniões do conselho curador da instituição desde setembro.

Nesta quarta-feira (17), ela faltou ao quinto encontro consecutivo. Em outubro, foi representada em uma reunião por Marcelo Henrique de Assis. Desde então, a secretária não mandou mais assessores.

Um dos desgastes recentes da secretária com o conselho se deu devido à eleição de novos conselheiros, anunciada em fevereiro e realizada em março. Ela disse a aliados que não foi consultada, diferentemente dos demais conselheiros. Lilia Moritz Schwarcz, Djamila Ribeiro, Renata de Almeida, Antonia Quintão, Cristine Takuá e Gabriel Jorge Ferreira foram eleitos na ocasião.

Em nota, a Secretaria de Cultura afirma que Marton não conseguiu participar das reuniões do conselho “em razão de outros compromissos” e que todas as ausências foram “devidamente justificadas”.

Reportagem da Folha mostrou que a TV Cultura, às vésperas de completar 55 anos, vive uma série de crises com o governo Tarcísio e seus aliados.

Publicamente, o discurso é de corte de gastos e aumento de eficiência. Nos bastidores, membros da gestão estadual e parlamentares bolsonaristas se incomodam com a independência da programação da emissora.

A briga de Marton com o conselho se intensificou em junho do ano passado, quando ela sugeriu a indicação do cineasta Josias Teófilo para o conselho. Teófilo é autor de um documentário sobre o escritor e guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho.

A reação negativa foi forte por parte dos conselheiros, e Marton decidiu fazer a indicação de Aldo Valentim, ex-secretário nacional de Economia Criativa e Diversidade Cultural do governo Bolsonaro e atual secretário de Cultura de Osasco, na Grande São Paulo.

Numa reunião do conselho em junho, o clima foi pesado, e a secretária de Cultura de Tarcísio se queixou do veto ao cineasta, o que considerou uma falta de abertura para a diversidade.

Posteriormente, em setembro, em nova reunião, a secretária tentou intimidar conselheiros, dizendo que iria descobrir quem havia vazado para a coluna Painel a informação sobre a indicação que ela havia feito de Teófilo.


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