segunda-feira, outubro 7, 2024
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Lira aciona polícia e diz que vai processar Felipe Neto após ser chamado de 'excrementíssimo'

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (25) que vai processar Felipe Neto após o influenciador se referir ao deputado como “excrementíssimo” nesta semana.

As declarações de Neto ocorreram durante a participação do influenciador num simpósio realizado na Câmara com o tema “regulação de plataformas digitais e a urgência de uma agenda”, na terça (23). Ele participou do evento em vídeo.

A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados abriu investigação contra o influenciador após Lira ter acionado o órgão, sob o argumento de possível crime de injúria.

Em nota, o presidente da Câmara informou que acionará judicialmente Felipe Neto em uma ação penal, por meio da Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados.

“No mesmo dia 23 de abril passado em que soube que o cidadão Felipe Neto fez comentários injuriosos, ofensivos e gratuitos ao Presidente da Câmara dos Deputados”, diz a nota de Lira, “a vítima apresentou a notícia crime à delegacia da Polícia Legislativa Federal para as providências cabíveis no âmbito criminal”

Na audiência, Felipe Neto havia dito ser necessário fazer com que a opinião pública estivesse “do nosso lado, se a gente quiser passar qualquer legislação” que se proponha a regular as redes sociais.

E emendou: “É preciso, fundamentalmente, que a gente altere a percepção em relação ao que é um projeto de lei como era o 2.630 [PL das Fake News]. Que foi, infelizmente, triturado pelo excrementíssimo Arthur Lira. Se não tivermos o povo do nosso lado, os deputados não vão votar, a gente já sabe como funciona”, disse.

No começo de abril, Lira anunciou que seria criado um grupo de trabalho para discutir uma nova proposta para o projeto de lei. Dessa forma, o processo de discussão começará praticamente do zero.

A Folha teve acesso ao conteúdo do pedido de Lira à Polícia Legislativa. Nele, o presidente da Casa diz que Neto “proferiu expressões injuriosas” contra ele.

“Considerando que os fatos acima relatados podem configurar a prática de crimes contra a honra, ocorridos nas dependências da Câmara dos Deputados, determino a adoção das providências cabíveis, no que tange à competência dessa Polícia Legislativa”, escreveu o presidente da Câmara no pedido.

Nesta quarta-feira (25), Neto foi às redes sociais criticar a decisão do alagoano. Ele disse que não conhece o parlamentar pessoalmente, mas que, na sua opinião, “suas ações e inações são em grande parte nocivas e extremamente reprováveis”.

“Confesso que achei curioso, uma vez que o próprio Arthur Lira disse hoje: ‘Parlamentar ser chamado para depor na PF porque disse que ministro é isso ou aquilo na CPI é exagerar um pouco’”, escreveu Neto, referindo-se à declaração do presidente da Câmara em entrevista à GloboNews nesta quinta.

“Minha intenção, ao citar ‘excrementíssimo’, foi claramente fazer piada com a palavra ‘excelentíssimo’, uma opinião satírica, jocosa, evidentemente sem intenção de ofensa à honra. Já sofri tentativas de silenciamento com o uso da polícia antes, inclusive pela família Bolsonaro”, continuou o influenciador.

Por fim, na publicação, Felipe Neto disse que continuará enfrentando “toda essa turma enquanto me sobrarem forças”. “E eu nunca falei que os enfrentaria com flores, nem assim o fiz e nunca o farei.”

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