quarta-feira, outubro 9, 2024
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Surfista é agredida com socos e marteladas por instrutor em Bertioga

São Paulo — Uma surfista de 31 anos foi agredida com socos e marteladas por um instrutor, na praia de São Lourenço, em Bertioga, no litoral de São Paulo, na última quarta-feira (24/4). Segundo a vítima, o homem teria implicado com ela por não estar “cumprindo as regras do surf”.

Luana Toscano, que também é pedagoga, disse em entrevista ao jornal A Tribuna que havia acabado de entrar no mar quando foi repreendida por outro surfista, o instrutor Jackson Santos. Segundo Luana, o homem disse, de forma grosseira, que ela estava remando no lugar errado.

“Ele é conhecido na cidade e eu já sabia do histórico de confusão dele. Então, eu respondi que ele tinha feito um comentário infeliz e que era melhor ele ficar quieto”, afirmou Luana.

Depois da resposta, Luana disse que o homem se aproximou para “tirar satisfações”, mas ela reagiu dizendo que ele deveria se afastar ou poderia “haver consequências”, conforme o jornal.

“Ele tomou aquilo como ‘vamos brigar’ e veio para perto de mim e me deu dois socos no lado esquerdo do rosto. Logo depois ele saiu do mar e foi buscar um martelo na escolinha de surf onde ele dá aula e ficou esperando para me bater na faixa de areia”, disse.

Quando o viu sair da água, Luana relatou que pediu para um amigo acompanhá-la até em casa, devido ao que tinha acontecido. No entanto, no meio do caminho, os dois encontram Jackson na faixa de areia com o martelo nas mãos.

O instrutor foi em direção a Luana e ao amigo que, ao tentar protegê-la, foi golpeado na mão com o objeto. Para se defender, a mulher pegou a prancha para se esconder, e teve o equipamento quebrado com as marteladas.

O Metrópoles entrou em contato com Luana Toscano, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Boletim de ocorrência

A vítima registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Bertioga, ainda na quarta-feira. No dia seguinte, ela compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) de Guarujá, onde fez exame de corpo de delito.

Questionada sobre a ocorrência, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que, devido ao esquema de plantão, só apura casos factuais, embora tenha retornado a respeito de outras ocorrências não-factuais.

Agressor demitido

A Escola de Surf de Riviera, onde Jackson trabalhava, publicou uma nota na qual manifesta tristeza, indignação e completo repúdio a qualquer ato de agressão física ou psicológica à vida. “Tais atos são inaceitáveis e violam os valores fundamentais do esporte surf e da convivência em sociedade”, afirmou.

“Devido ao caso de agressão ocorrido na última quarta-feira, a Escola de Surf de Rivieira anuncia que desligou o profissional de educação física Jackson Santos do seu quadro de colaboradores e de todas as atividades relacionadas”, informou a empresa.

O Metrópoles não localizou o contato de Jackson Santos. O espaço segue aberto para manifestações.

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