Estado do Rio adota definição de entidade internacional sobre antissemitismo
O Estado do Rio de Janeiro decidiu aderir à definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês).
A formalização da adesão ocorrerá nesta sexta (3) em cerimônia no Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
O acordo foi articulado pela Conib (Confederação Israelita do Brasil), pela Fierj (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro) e pelo advogado Daniel Bialski.
A definição da IHRA afirma que “o antissemitismo é uma determinada percepção dos judeus, que se pode exprimir como ódio”.
Ainda de acordo com a definição da Aliança, “manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientadas contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, instituições comunitárias e instalações religiosas”.
O presidente da Conib, Cláudio Lottenberg, diz que “a intolerância não é algo que afeta só judeus, mas a sociedade como um todo”. “Fico sensibilizado pela atitude do governador Claudio Castro“, afirma.
A adesão à definição já havia sido formalizada pela cidade do Rio de Janeiro em 2023.
“Agora, temos o gesto do governador que vem ampliar a todo o Estado esse entendimento. Isso é fundamental, pois há, de um lado, o esclarecimento que pode dar mais consciência e evitar que as pessoas errem nisso, e há, de outro lado, mais amparo para as autoridades policiais, Ministério Público, juízes fazerem o seu trabalho ao analisar momentos que podem, ou não, configurar crime de racismo”, disse o presidente da Fierj, Alberto David Klein.
A definição da IHRA foi aprovada pela Câmara dos Deputados dos EUA nesta quarta-feira (1º). Ela é criticada por grupos de defesa dos direitos civis, como a União Americana pelas Liberdades Civis, por potencialmente cercear críticas a Israel, equiparando-as a antissemitismo.
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