domingo, outubro 6, 2024
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Análise: Troca na Petrobras concentra poder no Palácio do Planalto; veja vídeo

A troca no comando da Petrobras foi decidida porque o governo queria concentrar as decisões estratégicas da empresa dentro do Palácio do Planalto –especificamente no gabinete do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O presidente demitido, Jean Paul Prates, é um político do PT e não fala uma língua muito diferente do idioma do presidente Lula em relação aos objetivos da estatal. O problema é que ele conduzia a gestão da Petrobras com independência demais para o gosto do governo.

Na prática, isso significava que ele não consultava o Planalto no dia a dia (até porque não existe exatamente uma obrigação para isso, apesar de a União ser a controladora da empresa), não prestava contas e fazia ponderações que, no mínimo, atrasavam algumas medidas que eram consideradas prioritárias pelo governo.

Poderia ser apenas uma questão de estilo, mas esse distanciamento se tornou uma disputa aberta entre Jean Paul, de um lado, e Rui Costa e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de outro. Os dois últimos ganharam a queda de braço porque Lula também estava impaciente com o ritmo da gestão Jean Paul.

A dinâmica vai mudar a partir de agora. A futura presidente da Petrobras, Magda Chambriard, vai comandar a empresa em dobradinha com o chefe da Casa Civil. Não porque ela esteja submetida ao ministro, mas porque esse foi o acordo estabelecido com ela. Rui Costa vai ter influência direta na escolha dos diretores da estatal e na execução de projetos, como os investimentos em grandes refinarias, gasodutos, plataformas e na produção de fertilizantes.

Veja vídeo da análise de Bruno Boghossian.


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