quarta-feira, outubro 9, 2024
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Presidente da TV Cultura acusa secretária de Tarcísio de inventar 'maldades' sobre ele

Presidente da Fundação Padre Anchieta, que gere a TV Cultura, José Roberto Maluf disse a conselheiros da instituição que a secretária de Cultura de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Marília Marton, inventa “maldades” a seu respeito. Em uma ameaça velada, afirmou que pode reagir da mesma forma contra ela, ainda que não pretenda fazê-lo.

As declarações foram feitas durante reunião do conselho da Fundação em 17 de abril, registradas em ata obtida pelo Painel. Marton não estava presente, repetindo sua prática de ausentar-se desses encontros desde setembro.

Às vésperas de completar 55 anos, a Cultura vive uma crise com o governo Tarcísio e seus aliados.

Publicamente, o discurso é de corte de gastos e aumento de eficiência. Nos bastidores, membros da gestão estadual e parlamentares bolsonaristas se incomodam com a independência da programação da emissora.

Durante a reunião do conselho, Maluf foi questionado a respeito de uma acusação de nepotismo, pelo fato de um enteado seu ser funcionário da TV na área de mídias digitais, com salário de R$ 18,2 mil.

Ele respondeu que a acusação foi “inventada pela secretária de Cultura e levada ao deputado estadual Guto Zacarias junto com um conselheiro desta casa”.

Zacarias (União Brasil) é autor de um pedido de CPI da Fundação Padre Anchieta que é visto como uma ameaça à imagem da instituição.

“É uma maldade apenas, maldade que eu não pretendo responder com nenhuma outra maldade, embora eu tenha muitas para devolver para a senhora secretária, mas não vou fazer isso”, completou Maluf, acrescentando que Marton conhece sua mulher e seu enteado e que “não deveria ter feito isso jamais”.

Ele afirmou ainda que seu enteado não é seu parente, assumiu a gerência digital da TV após ter tido boa performance na função anterior e que não há “nepotismo onde não há funcionário público” — a fundação é uma entidade de direito privado.

Em resposta, Tomé Abduch, vice-líder do governo Tarcísio na Assembleia Legislativa de São Paulo e também conselheiro, negou ter ouvido a secretária tratar do tema e cobrou de Maluf “um pouco mais de evidências e clareza”.

Em nota, a Fundação afirma que “todos os contratos são realizados de acordo com as normas legais, observando-se as boas práticas e regras de compliance”.

A entidade não respondeu por que Maluf credita a origem da acusação de nepotismo a Marton nem quais seriam as “maldades” relacionadas a ela que ele disse que poderia devolver.

A secretaria de Cultura afirma, em nota, que Marton não participou das reuniões do conselho “devido a compromissos previamente agendados” e que todas as ausências foram justificadas. A secretária disse que não irá se manifestar sobre as declarações de Maluf.


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