Vídeo: assessora de Erika Hilton é vítima de racismo em rua de SP
São Paulo – A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) acionou o Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta sexta-feira (24/5) para denunciar um caso de injúria racial sofrida por uma funcionária de seu gabinete, a ativista Maria Izabel.
A assessora de Hilton e sua filha foram vítimas de ofensas racistas no dia 17 de maio na Vila Medeiros, zona norte de São Paulo. Elas registraram um boletim de ocorrência.
Maria Izabel e a filha, que voltavam de uma padaria, foram seguidas por um carro na Rua Professor Álvaro dos Santos. O veículo havia passado pelas duas, mas voltou dando ré.
A assessora e a filha se apressam, por medo de serem atropeladas. A jovem se incomodou com a situação e questionou o motorista sobre o motivo da perseguição. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relata que continuou sendo seguida pelo motorista e que ele perguntava se elas estavam “falando com ele”.
O carro continua em direção às vítimas, até que o motorista ameaça descer e chama Maria Izabel de “macaca” por diversas vezes. Após a agressão, ele deixa o local.
Nas redes sociais, Erika Hilton afirmou que “essa é a realidade do racismo: ele pode atingir qualquer uma de nós, em qualquer lugar e ocasião. Quando se trata de mulheres negras, é comum que ele esteja associado ao assédio e a noção misógina e racista de que podem fazer o que quiserem conosco. É comum também que as vítimas tenham dificuldade em provar à justiça o que passaram, os ataques muitas vezes são rápidos e anônimos. Não dessa vez: tivemos acesso à gravações de câmeras de segurança com áudio provando o ocorrido”.
“E lutaremos até o fim, e com todas as nossas forças, para que a Justiça responsabilize esse criminoso. Não é apenas por Maria Izabel, e não é apenas por essa vez”, concluiu a deputada.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que “uma mulher, de 43 anos, foi vítima de preconceito, na manhã do último dia 17, na Rua Professor Álvaro de Souza Reis, na Vila Medeiros, zona norte de São Paulo. Segundo a vítima, ela estava caminhando com a sua filha quando um homem, dirigindo um Toyota Yaris, passou a ameaçá-las e a ofendeu com um termo racista”.
Segundo a pasta, o caso foi registrado como preconceitos de raça ou de cor (injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional) e ameaça pela Delegacia Eletrônica.
As investigações seguem pelo 39º DP (Vila Gustavo).