terça-feira, outubro 8, 2024
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Amazon financia R$ 5 milhões em serviços de sua nuvem para startups climáticas – Forbes Brasil

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Startups climáticas ganham apoio da Amazon para tirar projetos do papel

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Para startups climáticas focadas em ciência de ponta e que precisam de poder computacional caro e de alto desempenho, produzir uma prova de conceito (POC, na sigla em inglês) é um longo e árduo trabalho. Por isso, a Amazon resolveu criar uma espécie de bolsa, a Compute for Climate Fellowship, em sua plataforma de nuvem, a AWS (Amazon Web Service).
Trata-se de uma iniciativa conjunta com a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), que financiará empreendedores que atuam em áreas como energia limpa, transportes de baixo carbono, remoção de carbono e sustentabilidade em agricultura e alimentação.
Recentemente, a AWS escolheu quatro startups como parte do seu primeiro grupo de apoio. Elas estão, agora, no meio de um esforço de dois a três meses para criar seus POCs, aproveitando a tecnologia e a experiência da Amazon em computação quântica e de alto desempenho, inteligência artificial, machine learning (aprendizado de máquina) e IA generativa.
Kathryrn Van Nuys, da AWS, busca apoiar startups que resolvam problemas climáticos
“Programas como esse são grande parte da nossa estratégia para ajudar a identificar startups que estão resolvendo problemas complexos usando a nuvem”, diz Kathryrn Van Nuys, chefe global de startups da AWS. “Eles também ajudam a expandir nosso pensamento sobre as melhores maneiras de aproveitar a nuvem como uma força para mudanças positivas.”


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O projeto consiste na concessão de crédito por parte da Amazon para cada startup quitar o uso de sua nuvem e outros serviços da AWS, num total de cerca de US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) em custos operacionais.
Confira onde atuam as quatro escolhidas:
A Realta Fusion é uma dessas startups. Fundada em 2022, a empresa de Madison, Wisconsin (EUA), está desenvolvendo sistemas compactos de energia de fusão com espelhos magnéticos para descarbonizar o calor e a energia industriais. Seu foco é o desenvolvimento de uma simulação inédita de estabilidade de plasma.
A estabilidade do plasma é um requisito crítico para usinas de fusão e, normalmente, apenas alguns supercomputadores no mundo são capazes de lidar com tais simulações. Nos EUA, a empresa potencialmente tinha acesso a apenas dois, com uma lista de espera de um ano, segundo Cary Forest, cientista-chefe da Realta.
A Realta poderá usar a nuvem AWS e outros recursos para obter acesso a uma série de hardwares e processadores interconectados, capazes de se comunicarem entre si rapidamente, permitindo a realização de cálculos cruciais para a operação – e acelerar drasticamente seu trabalho. “A aceleração é muito importante quando você está apenas começando”, diz Forest.
“A aceleração é muito importante quando você está começando”, diz Cary Forest, da Realta
Para a AWS, isso também desperta potencialmente o interesse de um novo tipo de cliente. “Se eles conseguirem fazer esse tipo de trabalho na nuvem, isso permitirá que outros façam o mesmo, em vez de precisarem de supercomputadores especializados”, diz Van Nuys.
Com sede no Canadá, a Coastal Carbon construiu uma plataforma de medição baseada em IA e agora constrói modelos utilizando imagens de satélite para rastrear e medir o crescimento da vegetação subaquática e o sequestro de carbono.
Seu POC treinará modelos básicos independentes de satélite que podem identificar e quantificar o carbono no oceano. “Se for bem sucedido, poderá facilitar um aumento de até mil vezes na monitorização dos oceanos e na capacidade de coleta de dados”, diz Van Nuys. Anteriormente, esse trabalho era feito manualmente por mergulhadores.
A Fitoforma, sediada no Reino Unido, utiliza biotecnologia, IA e agricultura para desenvolver genética de plantas mais resistentes ao clima. Seu POC se concentra em melhorar a precisão de sua plataforma de insights de genética vegetal para desenvolver novas variedades de plantas mais resilientes.
A startup Xatoms se dedica ao tratamento de água utilizando IA e computação quântica para descobrir moléculas que podem purificar a água poluída. O objetivo é desenvolver um algoritmo de IA capaz de analisar uma grande quantidade de dados químicos, seguido de simulações de moléculas purificadoras de água.
As inscrições estão abertas a startups do mundo todo e para uma nova etapa de seleção, que vai até 7 de junho, elas podem ser feitas clicando neste link.
*Anne Field, colaboradora da Forbes EUA, é jornalista premiada com interesse particular em empreendimentos sociais com fins lucrativos, bem como empreendedorismo e pequenos negócios


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