Mistério: mulher depõe à polícia sobre assassinatos dos pais e marido
São Paulo — A Polícia Civil ouviu o depoimento da mulher que encontrou os pais e o marido mortos a facadas dentro de casa, em Agudos, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (24/5). Karina Sanches Carrasco, de 46 anos, compareceu à delegacia da cidade nesse domingo (26/5).
No depoimento, a servidora pública forneceu informações sobre o cotidiano da família, para identificar possíveis suspeitos. No dia do crime, ela afirmou que estava trabalhando quando ligou para os pais, Aparecido Roberto Carrasco, de 74 anos, e Joana Fátima Sanches Carrasco, de 70, para saber do marido, Valdinei Sousa, de 57.
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Aparecido Roberto Carrasco, de 74 anos, e Joana Fátima Sanches Carrasco, de 70, foram encontrados mortos em casa
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Valdinei de Souza, de 57 anos, foi encontrado morto junto aos sogros
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Um casal e o genro foram encontrados mortos dentro de casa
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Casal e genro foram encontrados mortos dentro de casa
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Familiares são velados no Cemitério Municipal de Agudos
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Delegacia de Agudos
Reprodução/Google Street View
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A ligação não foi atendida. Karina disse que fez o contato porque ficou preocupada porque Valdinei saiu para caminhar, pela manhã, sem levar o celular. Durante o percurso, o homem costumava passar na casa dos sogros, segundo ela.
Karina decidiu, então, ir até a casa dos pais. No local, ela encontrou os três familiares esfaqueados na região do pescoço, em cômodos diferentes — na cozinha, na sala e na sala de jantar, conforme o boletim de ocorrência.
Na cozinha, equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar (PM) encontraram os bocais do fogão acesos e um botijão de gás em chamas. Karina disse que um pano estava pegando fogo em cima do eletrodoméstico.
A mulher suspeita de um assalto. No entanto, de acordo com o registro policial, nenhum objeto da casa foi levado. Além disso, não havia sinais de arrombamento na porta de entrada.
“A cidade parou”
Tanto a família de Aparecido e Joana quanto a de Valdinei são moradoras de longa data de Agudos, município no centro-oeste do estado que possui 37.680 habitantes, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“As duas famílias são tradicionais, descendentes de fazendeiros na região. Eram pessoas muito conhecidas, que tinham a maior estima da população local. A cidade parou por conta disso [os assassinatos]”, disse o advogado Matheus Piotto, que representa a filha e esposa das vítimas, ao Metrópoles.
O caso foi registrado como homicídio na Delegacia de Agudos. A perícia foi acionada para o local da ocorrência e as vítimas foram encaminhadas para exame necroscópico, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).