domingo, outubro 6, 2024
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Campana e porta forçada: como foi a prisão de líder da Família Terror

São Paulo – Acusado de ser um dos líderes da facção Família Terror do Amapá (FTA), Ariel Nahum Estrão, o Tatá, de 34 anos, estava foragido há mais de três anos, vivia escondido em um apartamento na cidade de São Paulo e foi preso na manhã de quinta-feira (30/5).

A ação que levou à captura do chefe da Família Terror começou após o compartilhamento de informações de inteligência da Delegacia Especializada de Tóxicos e Entorpecentes (Dete), do Amapá, com a Polícia Civil paulista. A facção é aliada do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região Norte.

Em ofício enviado na segunda-feira (27/5), os investigadores amapaenses afirmavam ter recebido informação de que Tatá estaria escondido em um prédio, na Rua Luísa Crapsi Orsi, no Jardim Arpoador, zona oeste da capital paulista, e provavelmente usava um nome falso. O documento era acompanhado de uma cópia do mandado de pisão e de fotos do foragido.

Policiais do Departamento do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), unidade de elite da polícia paulista, começaram a fazer campana no endereço. Após dois dias de investigação, os agentes confirmaram a veracidade da informação e prepararam a ação para capturá-lo.

Prisão

Por volta das 10h, policiais civis foram até a portaria do prédio, explicaram a situação para a equipe de segurança e receberam autorização para entrar no condomínio.

Tatá estava no apartamento, mas se recusou a abrir a porta. “Foi necessário uso de força moderada para adentrar e realizar sua captura”, diz o boletim de ocorrência da captura.

O apartamento foi descrito como “luxuoso” por policiais que participaram da ação. O condomínio onde o líder da FTA vivia é equipado com piscina, academia, salão de jogos e segurança 24 horas por dia.

Uma vez que os agentes entraram na casa, Tatá não ofereceu mais resistência, informou seu nome correto e avisou, por mensagem de WhatsApp, da sua prisão a um irmão. No local, os investigadores também encontraram um RG, do estado do Amapá, com nome fictício de Patrick dos Santos Cordeiro.

Família Terror

Com passagens por roubo, a liderança da Família Terror figurava na lista de bandidos mais procurados do Amapá. A facção nasceu no Amapá e também tem presença no Pará e em Rondônia, segundo o estudo “Cartografia da Violência na Amazônia”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em disputa pela hegemonia do estado, o grupo criminoso fez aliança com o PCC. Eles disputam o poder com outra facção local, a União Criminosa Amapaense (UCA), aliada do Comando Vermelho (CV).

Entre os líderes da FTA estão Alberto Magno da Silva Lobato, o Imperador, que responde a mais de 100 homicídios e é conhecido como o maior assassino do Amapá. Ele foi preso em no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, em 2021.

Outro chefe da facção é Ryan Richelle dos Santos Menezes, o Tio Chico, que está no sistema penitenciário federal.

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