domingo, outubro 6, 2024
DengueSaude

Dengue: ocorrências estão em queda há dois meses, diz secretaria – Correio Braziliense

Depois de a capital ter enfrentado uma severa epidemia de dengue, o cenário é de uma curva descendente no número de casos. De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde (SES-DF), o Distrito Federal está com 263.700 casos prováveis, 384 óbitos e outros 27 em investigação.
Ao Correio, a SES-DF confirma a queda das ocorrências e destacou que a diminuição vem se mantendo há mais de dois meses, o que era esperado devido ao período do ano em que, historicamente, o número cai.
“Nosso pico de casos foi na semana epidemiológica 8, que corresponde à segunda metade de fevereiro. De lá para cá, observa-se uma queda progressiva no número de notificações, apesar de estar em níveis acima da média dos últimos anos”, explica o médico infectologista e chefe de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da SES-DF, Victor Bertollo.
Victor detalha os motivos para essa redução. “Deve ser observada a sazonalidade habitual da dengue. Neste período do ano, ela tende a cair, justamente pela questão do clima. O tempo frio e seco não é favorável à replicação do mosquito e isso diminui bastante a transmissão do vírus”, completa.
A professora Darsanes Moura, 52 anos, está há mais de uma semana em tratamento para a dengue e sofre com a doença. “Fiquei 10 dias internada. Primeiro, tive dor de cabeça e achei que não era nada de mais. No outro dia, piorou, tive muita tontura , enjoo, inchaço e fui  correndo para o hospital”, relata.
Assustada com os sintomas, Darsanes procurou a tenda do Paranoá para realizar exames. “Vim aqui pelos relatos de pessoas próximas a mim sobre o bom atendimento e a praticidade”, observa, comentando a queda no número de casos. “Não sei dizer se aumentou ou diminuiu, mas o que percebi foi que, nos dias em que fiquei internada, foram muitas pessoas com dengue chegando para serem internadas também”, relembra.

  • Victor Bertollo: sazonalidade contribui para a queda

    Victor Bertollo: sazonalidade contribui para a queda Arquivo pessoal

  • Rose Inácio diz que a filha Débora, 12, começou a sentir sintomas na última terça-feira

    Rose Inácio diz que a filha Débora, 12, começou a sentir sintomas na última terça-feira Alessandro de Oliveira

  • A professora Darsanes Moura, 52 anos, está a mais de uma semana em tratamento para a dengue e conta o que tem passado com a doença

    A professora Darsanes Moura, 52 anos, está a mais de uma semana em tratamento para a dengue e conta o que tem passado com a doença Alessandro de Oliveira

Rose Inácio, 56, moradora do Itapoã, diz que a filha Débora, 12, está sentindo os sintomas desde a ultima terça-feira. “Ela chegou da escola com febre e dor de cabeça. Na quarta-feira, tive que levar remédio para ela na escola, pois não melhorou. Começou a ter diarreia e, então, busquei atendimento”, relembra.
Com a filha recebendo a medicação na tenda, Rose espera agora por uma recuperação. “Para nós, mães, é muito triste ver o filho sofrendo”, destaca. “Hoje foi muito tranquilo e rápido para conseguir atendimento. Fiquei surpresa em não ter muitas pessoas buscando por auxílio”, conclui.
O médico infectologista Victor Bertollo pondera que, quando se fala em redução de casos, é necessário um pouco de cautela, tendo em vista que abrange queda, estabilidade e ascensão. “Existe um intervalo de tempo da ocorrência do caso e a sua entrada no sistema de informação. Podemos falar que, hoje, está em tendência de queda, porque há mais de dois meses se observa essa diminuição de notificações e atendimentos. E isso traz uma tranquilidade em dizer que estamos em queda”, reforça.
O infectologista ressalta a importância de as pessoas manterem os cuidados, mesmo na época não favorável à reprodução do vírus. “É importante neste período que as pessoas continuem os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O período de chuva  aumenta os locais onde os mosquitos podem depositar seus ovos, mas os criadouros artificiais, como caixas d’ água e pratos de plantas, ainda favorecem a replicação. Não pode haver um relaxamento. O ideal é que chegue à próxima sazonalidade, favorável ao mosquito (período chuvoso), com a menor quantidade possível de criadouros”, enfatiza. 
» A queda no número de pessoas doentes reflete nas tendas de atendimento, que estão bem menos movimentadas e serão desmontadas. Conforme o cronograma, esses equipamentos serão descontinuados gradativamente, com início em 9 de junho. O contrato prevê que, a partir do início de funcionamento de cada uma, a desmontagem ocorra com 60 dias.
» Segundo a SES-DF, as atuais tendas realizaram 48.110 atendimentos, sendo 30.711 para adultos e 17.399 de crianças. No total, foram realizados 42.104 exames e 548 pacientes foram transferidos das tendas para unidades de pronto-atendimento (UPA) e hospitais da rede pública. 
» Pessoas com sintomas da doença atualmente contam com onze tendas de atendimento, sendo três (Gama, Guará e Paranoá) funcionando 24 horas, e oito (Planaltina, Varjão, Plano Piloto, Vicente Pires, Arniqueira, Taguatinga, Samambaia e Ceilândia) com atendimento das 7h às 18h.
De acordo com a SES- DF foram imunizadas 63.547 pessoas com a primeira dose da vacina contra a dengue e outras 6.276 tomaram a segunda dose, na faixa etária de 10 a 14 anos. A cobertura vacinal é equivalente a 33,4% para a primeira dose. A vacina da dengue é feita em duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Segundo a SES-DF, há cerca de 177 mil crianças e adolescentes com essa idade, porém, há uma taxa de incidência alta nessa faixa etária e a vacina só pode ser tomada seis meses após a doença. Pais ou responsáveis devem comparecer aos pontos de imunização com documento de identificação e a caderneta de vacinação. 
 *Colaborou Alessandro de Oliveira, estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

» A queda no número de pessoas doentes reflete nas tendas de atendimento, que estão bem menos movimentadas e serão desmontadas. Conforme o cronograma, esses equipamentos serão descontinuados gradativamente, com início em 9 de junho. O contrato prevê que, a partir do início de funcionamento de cada uma, a desmontagem ocorra com 60 dias.
» Segundo a SES-DF, as atuais tendas realizaram 48.110 atendimentos, sendo 30.711 para adultos e 17.399 de crianças. No total, foram realizados 42.104 exames e 548 pacientes foram transferidos das tendas para unidades de pronto-atendimento (UPA) e hospitais da rede pública. 
» Pessoas com sintomas da doença atualmente contam com onze tendas de atendimento, sendo três (Gama, Guará e Paranoá) funcionando 24 horas, e oito (Planaltina, Varjão, Plano Piloto, Vicente Pires, Arniqueira, Taguatinga, Samambaia e Ceilândia) com atendimento das 7h às 18h.

De acordo com a SES- DF foram imunizadas 63.547 pessoas com a primeira dose da vacina contra a dengue e outras 6.276 tomaram a segunda dose, na faixa etária de 10 a 14 anos. A cobertura vacinal é equivalente a 33,4% para a primeira dose. A vacina da dengue é feita em duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Segundo a SES-DF, há cerca de 177 mil crianças e adolescentes com essa idade, porém, há uma taxa de incidência alta nessa faixa etária e a vacina só pode ser tomada seis meses após a doença. Pais ou responsáveis devem comparecer aos pontos de imunização com documento de identificação e a caderneta de vacinação. 

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Jornalista formada no IESB e pós graduanda em Jornalismo Digital. Estagiando desde 4º semestre da graduação. Passando pela Rádio Alpha Fm, Marketing do Hospital Santa Marta, Assessoria de impressa da Valec (Atual Infra S.A), editoria de cultura

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