terça-feira, outubro 8, 2024
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Influencer se apresenta dois dias após morte de paciente por fenol

São Paulo —A influencer e esteticista Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida como Natalia Becker, se apresentou à Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (5/6), dois dias após a morte do paciente Henrique Chagas da Silva, de 27 anos, durante um procedimento de peeling de fenol.


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Natalia chegou ao 27º Distrito Policial (Campo Belo) por volta das 14h, em uma BMW branca, acompanhada do marido e sócio Jorge Macedo da Cunha (veja abaixo). Os dois prestarão depoimento para a delegada responsável pelo caso.

Além deles, duas funcionarias da clínica de estética e a mãe de Henrique também deve comparecer à delegacia nesta quarta.

O caso é investigado como homicídio.

A polícia não descarta fazer novas buscas na clínica de Natalia para procurar o frasco de fenol que não foi encontrado.

Sem formação médica

Natalia Becker, não era médica, de acordo com o Conselho Regional de Medicina. A entidade afirma que para realizar o peeling de fenol é necessário ter formação na área.

O procedimento, considerado agressivo, consiste na corrosão da derme e da epiderme, camadas da pele, para rejuvenescer o rosto.

Antes da realização do procedimento, é preciso submeter o paciente a uma série de exames preparatórios, para verificar o funcionamento cardíaco, já que a substância provoca arritmia. Durante o peeling de fenol, deve-se monitorar o coração do paciente para avaliar se há alterações.

De acordo com a Polícia Civil, a clínica não possuía equipamentos adequados para realizar a aplicação do produto.

Homicídio doloso

A equipe de investigação considera mais provável a hipótese de homicídio doloso, levando em consideração o fato de que Natália não possuía registro profissional como médica, o que seria necessário para realizar o procedimento. Caso o dolo seja confirmado, a prisão temporária da esteticista pode ser pedida.

“O fato é: existe crime de homicídio. Ainda resta definir qual tipo de homicídio que está diante de nós, se é um homicídio culposo, que teria ocorrido por conta de imperícia do profissional, ou um provável homicídio doloso, em que o agente, muito embora não queira a morte, acaba assumindo o risco de produzi-la”, afirma o delegado.

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