segunda-feira, outubro 7, 2024
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“Ódio gratuito”: homem dá soco em vizinho por causa de cão; vídeo

São Paulo – O gerente de inovação e de novos negócios Felipe Britto, de 34 anos, foi agredido com um soco no rosto, dado por um vizinho, quando ambos usavam o elevador do prédio onde moram, em Pinheiros, bairro nobre da zona oeste paulistana. O caso ocorreu na madrugada de sexta-feira (7/6).

O motivo para a violência, registrada por uma câmera de monitoramento (assista abaixo), seria o cachorro Farofa, o cão caramelo cuidado por Felipe e seu marido.

“O que eu fiz pra merecer essa agressão e ódio gratuitos? Ser preto? Ser gay? Ter pet?”, pergunta-se a vítima.

Em conversa com o Metrópoles, no início da tarde deste domingo (9/6), o gerente afirmou que o suspeito “pegava no pé” dele há um certo tempo. Pedia para que Felipe usasse focinheira em seu cachorro, quando passeasse com Farofa no condomínio.


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“Ele me abordou em uma ocasião, quando estávamos somente eu e o Farofa, afirmando que eu precisaria usar a focinheira nele. Eu falei que não, porque meu cachorro é um caramelo de 17 quilos”. O rapaz conta que, quando está com seu marido – eles são casados há cinco anos –, o vizinho nem se aproxima.

A identidade do agressor é desconhecida pelo gerente. O condomínio, segundo ele, se negou em dar a informação.

“Ele [agressor] se sentiu no direito de fazer isso comigo dentro de minha própria casa. É uma agressão que vai além do físico. Ele atinge o psicológico. É um terrorismo psicológico, porque penso: onde vou estar seguro, se nem em minha casa estou?”.

O gerente registrou um boletim de ocorrência e o caso é investigado como lesão corporal e ameaça pela Polícia Civil.

O Metrópoles não havia conseguido identificar ou localizar o agressor até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Vídeo do soco

 

“Fundo do poço”

Felipe entrou no elevador, por volta das 2h de sexta, onde se deparou com o vizinho, acompanhado da esposa. O homem, então, começou a questionar o gerente se ele já havia começado a usar focinheira em Farofa.

Mantendo o olho no celular, Felipe reiterou que não iria usar focinheira em um cachorro caramelo de 17 quilos. As imagens mostram que, durante a conversa, o agressor se posiciona em frente à vítima.

Quando a porta do elevador abre, a mulher sai primeiro. O agressor, careca e trajando uma jaqueta preta, a segue e, antes de sair, bate o ombro no peito do gerente. Em seguida, gira o corpo e desfere um soco no rosto da vítima, que cai no chão do elevador, atordoada.

“Já sofri muitos ataques raciais e homofóbicos na rua, de forma geral. Mas nenhum deles foi dessa maneira e esse cara conseguiu com que eu revivesse tudo isso, sabe. O fato de ele me jogar no chão [com um soco], naquele momento, é mais do que o chão, sabe? É como se eu não tivesse valor nenhum, como se tivesse atingido o fundo do poço”.

Felipe acrescentou ter contratado um advogado para levar adiante o caso e responsabilizar o agressor.

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