terça-feira, outubro 8, 2024
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PF prepara lista de foragidos do 8/1 na Argentina para pedir extradição ao STF

A Polícia Federal prepara uma lista com os nomes dos foragidos das investigações sobre os ataques de 8 de janeiro que estão na Argentina. O objetivo é encaminhar ao STF (Supremo Tribunal Federal) para serem iniciados processos de extradição.

A PF identificou que há mais de 60 pessoas investigadas pelos ataques golpistas no país presidido por Javier Milei, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os investigadores têm informações de que alguns deles tentam pedir refúgio ao país vizinho, por isso a intenção é de extraditá-los. O processo de extradição se inicia pelo STF e passa pelos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores.

Os brasileiros que serão alvo dos pedidos de extradição são investigados na Operação Lesa Pátria.

Os pedidos devem ser embasados com o material colhido pela PF durante as investigações que miram os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A operação já teve 27 fases e investiga os vândalos, incitadores, financiadores e autores intelectuais dos ataques contra os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF.

Na quinta-feira (6), a PF foi às ruas para cumprir 208 mandados de prisão, colocação de tornozeleiras eletrônicas e outras medidas contra foragidos da investigação.

Os mandados foram cumpridos em 18 estados e no Distrito Federal. Por enquanto, 50 pessoas foram presas nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e no Distrito Federal.

“A Polícia Federal continua realizando diligências para localização e captura de outros 159 condenados ou investigados considerados foragidos”, disse a corporação em nota.

A Operação Lesa Pátria tem quatro frentes de investigação abertas após os ataques. Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, parte que apura ações de envolvimento do ex-presidente Bolsonaro no caso. Outra visa mapear financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

O terceiro foco da investigação são os vândalos. Os investigadores buscaram identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios da capital federal, que acabaram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.

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