quarta-feira, outubro 9, 2024
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Homenageado na Alesp, Campos Neto defende ampliar autonomia do BC

São Paulo – O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, foi homenageado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), do prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB) e de diversas autoridades e representantes do mercado financeiro. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) não compareceu.

Campos Neto foi agraciado com o “Colar de Honra ao Mérito Legislativo”, maior honraria da Alesp, por indicação do deputado bolsonarista Tomé Abduch (Republicanos), vice-líder do governo Tarcísio na Alesp e postulante a vice de Nunes na disputa à Prefeitura de São Paulo.

Antes do início do evento, o deputado disse ter convidado Haddad para participar da cerimônia. A assessoria do ministro disse que ele não compareceu porque tinha agendas para cumprir em Brasília, mas que enviou uma resposta agradecendo o convite.

Em seu discurso, Campos Neto defendeu a modernização do BC, reiterou que a instituição precisa ampliar a sua autonomia. Para isso, precisa de uma “atuação firme da autoridade monetária bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira”.

Convite a Campos Neto

Abduch negou que o convite tivesse motivação política – Campos Neto foi nomeado para a presidência do BC pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e é frequentemente alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o critica por manter a taxa básica de juros (Selic) em patamar alto.

Apesar disso, defendeu que Campos Neto não se “deixa levar” por atitudes populistas: “Os princípios devem nos guiar, e não as ideologias. Dois mais dois não é de esquerda, de centro ou de direita. Dois mais dois é igual a quatro”, afirmou.

O deputado fez muitos elogios ao avô do homenageado, o economista Roberto Campos, que foi presidente do BNDE, órgão que deu origem ao BNDES, e ex-ministro do Planejamento. Abduch também acrescentou que Campos Neto é “um dos maiores exemplos de meritocracia que esse país já viu”.

Único deputado da oposição ao governo Tarcísio presente na cerimônia, Eduardo Suplicy (PT), aliado de Lula, fez um breve discurso. O petista parabenizou Campos Neto e saiu em defesa da renda básica universal, sua principal pauta. Ele também presenteou o presidente do BC com o seu livro sobre o tema.

Tarcísio fez diversos elogios a Campos Neto, a quem chamou de “querido amigo” e disse que ele teve a coragem de mexer na taxa de juros apenas quando necessário.

O prefeito Ricardo Nunes brincou com a quantidade de representantes do mercado financeiro: “Hoje está bom para arrumar um empréstimo aqui, né Tarcísio?”

O evento teve a participação de deputados, prefeitos, secretários, dos ex-governadores paulistas João Doria (sem partido) e Rodrigo Garcia (sem partido) e do presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

Ex-ministros do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Fábio Faria (Comunicações) e Bruno Bianco (AGU) também prestigiaram o evento.

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