MPSP apura superfaturamento em compra de garrafas d’água no Carnaval
São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) decidiu instaurar inquérito para investigar indícios de superfaturamento na compra de garrafas de água feita pela gestão Ricardo Nunes (MDB) durante o Carnaval desde ano. As garrafas, de água sem gás, foram compradas por R$ 5,52.
Na portaria de instauração da investigação, o promotor público Ricardo Manuel Castro considerou que “mesmo incluindo a refrigeração e logística para distribuição”, o valor “supera em muito o valor médio da unidade da água em R$ 1,95, conforme informado pela própria Municipalidade em sede de diligências preliminares”, escreveu.
A compra de 250 mil garrafinhas de água por esse valor veio a público ainda no Carnaval. Na ocasião, auxiliares do prefeito argumentaram que o valor, mais do que o dobro do preço comum, incluía o transporte do produto até o Sambódromo do Anhembi, na zona norte.
A investigação do MPSP teve início a partir de uma representação feita pelos vereadores Silvia Ferraro da Bancada Feminista e Toninho Vespoli (ambos do PSol).
A compra foi feita da empresa AMBP Promoções e Eventos, que também é alvo da representação que deu início ao inquérito. O Metrópoles tentou, sem sucesso, contato com a empresa. O espaço segue aberto a manifestações.
Já a Prefeitura de São Paulo informou, por nota, que “recebeu, nesta quarta-feira (12/6), o ofício encaminhado pelo Ministério Público e vai prestar os esclarecimentos necessários no tempo devido”.
“Importante reforçar que a licitação atendeu a todos os requisitos da lei”, diz o texto da gestão Nunes.