terça-feira, outubro 8, 2024
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Força-tarefa avalia pedidos de refúgio de 290 acampados em aeroporto

São Paulo — O Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) criaram uma força-tarefa no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, para tratar dos pedidos de refúgio feitos por centenas de estrangeiros que estão acampados na área restrita do aeroporto. De acordo com a PF, às 9h desta sexta-feira (14/6) havia 260 pessoas nessa situação. A maior parte é de asiáticos. Na noite de terça (11/6), o número era de 383.

Nessa quinta-feira (13/6), reuniram-se para discutir o tema representantes do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal, da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), da concessionária GRU Airport e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A plataforma do Ministério da Justiça para o registro de refugiados passou por interrupções nos últimos dias, o que, segundo o órgão, gerou atrasos e acúmulo de solicitantes no aeroporto. A pasta afirma que o sistema foi normalizado e que o processamento dos pedidos deve ser normalizado em breve.

A previsão é que uma nova reunião entre representantes das entidades ocorra no próximo dia 27/6. O objetivo é apresentar propostas para o aperfeiçoamento dos serviços.

De acordo com a PF, de quinta para sexta-feira, houve um total de 41 pedidos de refúgio protocolados. Os imigrantes ingressaram no território nacional e foram orientados a procurar o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) para dar andamento ao processo.

“O MPF sugeriu que as equipes responsáveis pelo registro dos pedidos de refúgio sejam reforçadas permanentemente no Aeroporto de Guarulhos, sob pena de que se repita a situação verificada nos últimos dias. O objetivo é evitar a normalização dos problemas para a liberação dos estrangeiros”, diz o Ministério Público Federal em nota.

Uma nova reunião foi agendada para 27/06, quando os órgãos que atuam no terminal deverão trazer propostas para esse aperfeiçoamento dos serviços”, complementa.

Refugiados no aeroporto

Desde agosto de 2022, milhares de afegãos vieram para o Brasil, fugindo dos conflitos internos provocados pelo grupo extremista Tailbã.

Durante meses, vários grupos ficaram acampados no aeroporto. A falta de estrutura para acomodá-los fez com que casos de sarna fossem registrados. Entre setembro e outubro do ano passado, os refugiados foram levados para abrigos no litoral e no interior do estado.

O governo federal, em parceria com a gestão estadual e as prefeituras de Guarulhos e Praia Grande, articulou a transferência dos afegãos para a Colônia de Férias do Sindicato dos Químicos em Praia Grande, no litoral paulista. Depois, foram encaminhados para um abrigo em Guarulhos.

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