Após críticas, Saúde volta com rastreio de autismo em caderneta
O Ministério da Saúde informou ter lançado uma nova versão da Caderneta da Criança, reinserindo nela o M-CHAT, um teste para o rastreio de autismo.
A ausência desse instrumento –largamente reconhecido como eficiente para identificação de sinais de alerta sobre o desenvolvimento infantil– na caderneta lançada em abril pelo governo federal levou especialistas e organizações da sociedade civil a criticarem o ministério e cobrarem a volta do teste.
Ao blog, à época, a pasta prometeu que voltaria com o M-CHAT na caderneta da criança.
O teste faz indagações simples, que podem ser facilmente respondidas por pais, avós, professores e profissionais da saúde. O resultado não é um diagnóstico, mas pode apontar para uma suspeita e uma necessidade de maior observação da criança ou de intervenção.
“A família deve estar atenta à aplicação dos instrumentos de vigilância do desenvolvimento da criança durante as consultas de puericultura e à aplicação da escala M-CHAT-R, instrumento que auxilia na identificação de risco de TEA em crianças com idade entre 16 e 30 meses”, diz trecho da caderneta.
Em outro trecho, o governo explica: “Até o momento, não são conhecidos exames laboratoriais ou marcadores biológicos para identificação do TEA e o seu diagnóstico é feito a partir da avaliação do comportamento da criança e relato dos pais. Por isso, fique atento ao desenvolvimento da sua filha. Embora laudo de TEA seja definitivo, o diagnóstico precoce e a intervenção oportuna contribuem para um melhor desenvolvimento e qualidade de vida das pessoas com TEA a curto, médio e longo prazo”.
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