Silêncio de governistas sobre projeto antiaborto constrange, diz advogado
Coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio Carvalho critica a omissão de lideranças do governo e de parlamentares sobre o projeto de lei que equipara aborto ao crime de homicídio.
“Está causando constrangimento o silêncio de algumas lideranças do governo. Nossos parlamentares e lideranças políticas não precisam esperar o comando do presidente Lula. A sociedade está em disputa, esse é um papel que a gente tem que assumir”, diz ele, alinhado ao governo federal.
Carvalho também discorda da declaração do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), de que essa não deveria ser uma pauta da gestão Lula. “Perder no voto é do jogo, mas não podemos abandonar nossos princípios e nossos valores”, afirma.
Para ele, derrotar o projeto antiaborto deveria mobilizar todo o país, por ser uma questão “civilizatória”.
“A bolsonarização do Congresso vai nos levar de novo à Idade Média. Temos retrocessos dos mais variados tipos, na legislação criminal e de costumes”, afirma.
O advogado também defendeu a primeira-dama, Janja, que foi criticada por demorar a se manifestar sobre o tema do aborto.
“Janja segue sendo vítima da misoginia, do machismo estrutural. É alvo preferencial do ódio bolsonarista e às vezes até de determinados setores do campo progressista”, declarou.
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