Roqueiro e torcedor da Lusa: quem era dono de bar morto por cliente
São Paulo — Morto por um cliente de seu bar na noite de sábado (15/6), o empresário Carlos dos Santos Monteiro, o Nenê, de 58 anos, era figura conhecida do cenário roqueiro de São Paulo. Ele é descrito como uma pessoa amável, alegre e atenciosa por amigos e frequentadores.
Nenê foi morto com golpes de canivete por um homem que estava em seu estabelecimento, o Malta Rock Bar, na região da Praça da Árvore, zona sul da capital. Antes do crime, segundo testemunhas, o homem apresentou comportamento inconveniente, importunando outros clientes e funcionários.
Em dado momento, ele teria assediado uma funcionária, o que irritou o proprietário do bar. O empresário teria, então, colocado o cliente para fora do estabelecimento. Já do lado de fora, o homem sacou o canivete e feriu o empresário, que morreu no local.
Pessoas que testemunharam o crime conseguiram desarmar e imobilizar o suspeito até a chegada da Polícia Militar. Nesse domingo (17/6), ele teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.
“Um cara fantástico”
Nas redes sociais, amigos e frequentadores lamentaram a morte do empresário. “Nenê era um cara incrível, sempre gentil e atencioso. Um grande rockeiro e torcedor da Lusa. Que forma banal e cruel de se tirar a vida de um trabalhador dentro do seu bar, que ele tanto amava”, escreveu um usuário do Instagram no perfil do bar Malta.
“(…) Que se faça Justiça!!! O Nenê era um cara fantástico!!!”, desabafou um amigo. “Você foi uma pessoa especial e o seu legado ficará pra sempre, não esqueceremos do seu amor pelo Rock and Roll e do som da sua batera!”, afirmou outro.
“Um homem super do bem, carismático e amigo, sempre com um sorriso no rosto. Não dá para aceitar tamanha maldade, tamanha crueldade e covardia. Muito obrigado por tudo, Nenê”, acrescentou mais um amigo.
Criado em 2021, o Malta é um bar conhecido por amantes de rock. Recebe bandas de heavy metal, hard e classic rock, além de possuir um estúdio. O local recebe músicos brasileiros e estrangeiros.
Silêncio na delegacia
O agressor de Nenê, identificado como um homem de 34 anos, ficou em silêncio durante seu depoimento na delegacia. O caso foi registrado como homicídio no 16º DP (Vila Clementino).
O empresário foi velado e enterrado na manhã desta segunda-feira (17/6) no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi.