segunda-feira, outubro 7, 2024
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TRE quer mudar votação em 93 regiões de conflito no Rio de Janeiro

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro quer mudar 93 seções eleitorais que se encontram em áreas consideradas de alto risco e que demandam o uso de de veículos blindados e reforço policial para o transporte das urnas.

A mudança foi solicitada pelo presidente do tribunal, desembargador Henrique Figueira, no Gaesi (Gabinete Extraordinário de Segurança Institucional) do TRE, que reúne representantes das forças de segurança federal, estadual e municipal. A informação da possível mudança foi divulgada pelo jornal O Globo.

A Folha apurou que a maior parte das áreas listadas sofre influência do tráfico de drogas, como os complexos da Maré e Alemão, na zona norte da cidade.

Nas eleições, as urnas são levadas no dia anterior para os locais de votação, onde um agente de segurança fica responsável pela vigilância. Em áreas do tráfico, no entanto, o pernoite é contraindicado devido à possibilidade de ataques ao policial responsável pela urna.

Nessas regiões, a solução é levar as urnas com o veículo blindado no dia da eleição. Em todo pleito, o mapeamento das áreas com influência do tráfico e da milícia é realizado com antecedência para saber quais ocorrerão sob esse esquema.

Em nota, o TRE-RJ afirmou que o pedido tem como objetivo garantir a segurança de mesários, eleitores e candidatos. Procurado, o governo do estado ainda não se posicionou a respeito.

Além da solicitação da mudança dos locais de votação, o TRE-RJ também solicitou a presença de forças federais. “O pedido da presença de forças federais nas eleições é feito pelo TSE, que consulta os TREs sobre as necessidades locais. O presidente do TRE-RJ, desembargador Henrique Figueira, já fez a solicitação, que conta com a anuência do governador do estado”, disse o tribunal, em nota.

As áreas listadas que poderão ter mudança de seções também contam com regiões da zona oeste do Rio de Janeiro, onde a milícia tem maior influência.

No entanto, o Comando Vermelho, facção do tráfico de drogas, tem expandido sua atuação nessa área da cidade. Segundo estudo do Geni/UFF (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense) e o Instituto Fogo Cruzado, a quadrilha teve um crescimento territorial de 8,4% no ano de 2023, e agora atua em 51,9% das áreas controladas por criminosos.

Já as milícias tiveram uma redução de 19,3% no período, e passaram a responder por 38,9% dos territórios controlados por grupos criminosos na Grande Rio.

Atualmente há cinco grandes regiões em conflito: Barra da Tijuca, Jacarepaguá (ambos na zona oeste), Penha (na zona norte); Nova Iguaçu e Queimados (os dois na Baixada Fluminense).

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