segunda-feira, outubro 7, 2024
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Polícia vê como leviana tese de legítima defesa de atirador de rodovia

São Paulo — A Polícia Civil de Itapetininga, no interior de São Paulo, considera “leviana” a explicação dada pelo empresário Adriano Domingues da Costa (foto de destaque) para o episódio em que deu cinco tiros contra o carro de um casal na rodovia Castello Branco na última sexta-feira (14/6). O suspeito, que tinha um mandado de prisão temporária em aberto, foi preso nessa quarta (19/6).

À polícia, Adriano sustentou a versão de que o condutor do veículo que foi alvo dos disparos teria tentado jogá-lo para fora da pista mais de uma vez e feito uma série de ameaças, exibindo uma arma.

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Empresário Adriano Domingues da Costa anda em direção a carro antes de atirar no veículo

Reprodução

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Empresário Adriano Domingues da Costa aponta arma para carro antes de atirar no veículo

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Homem atira contra casal em rodovia

Reprodução

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Empresário Adriano Domingues da Costa aponta arma para carro antes de atirar no veículo

Reprodução

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Motorista atira contra ocupantes de veículo

Reprodução

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Adriano Domingues da Costa

Reprodução/Redes sociais

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Carro do empresário

Divulgação/Polícia Civil

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Casa do empresário

Divulgação/Polícia Civil

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Empresário Adriano Domingues da Costa, preso após atirar contra carro em rodovia

Reprodução/TV Globo

O delegado Franco Augusto Ferreira, da Delegacia de Investigações Gerais de Itapetininga, disse ao Metrópoles que a suposta arma não foi encontrada pela polícia. Ela também não aparece na filmagem feita pelas vítimas. Franco afirma que a tese de legítima defesa também não se sustenta.

“A arma que ele diz ter visto nunca apareceu. Não existe vídeo, não existe nenhum elemento que corrobore com isso. É uma argumentação vazia, porque não encontra amparo em mais elementos. Mas nada justifica a conduta dele, até porque ele não estava diante de uma ameaça injusta e iminente”, afirma o delegado.

“Por duas ocasiões ele veio a parar o veículo. Ele poderia ter seguido o caminho dele. Esse argumento de legítima defesa me parece muito vago”, complementa ele.

Vídeo:

 

Tentativa de homicídio

A defesa de Adriano Domingues da Costa sustenta a tese de que não houve tentativa de homicídio porque o veículo era blindado. O advogado Luiz Carlos Valsecchi afirma que o empresário só efetuou os disparos ao perceber a blindagem.

Segundo Valsecchi, trata-se de um crime impossível, quando há impossibilidade de conclusão do ato ilícito em razão de uma incapacidade do meio ou impropriedade do objeto usado.

O advogado diz que seria impossível que os projéteis atravessassem a blindagem. Para a polícia, a argumentação parece “leviana demais”.

“O fato de ter ou não blindagem não retira a eficácia da conduta. É um fator limitante, mas isso tem que ser analisado de uma maneira conjuntural. Se a blindagem está com a validade dentro do prazo, se sucessivos disparos no mesmo ponto poderiam furar a blindagem. Dizer que ele não teria condições, por absoluto, de lesar a vítima sem algo mais robusto, só com a palavra dele, me parece leviano demais”, afirma Ferreira.

O delegado afirma que a polícia solicitou exames periciais para avaliar a eficácia da blindagem. O resultado, diz ele, será um elemento importante para determinar a tipificação do crime. “Tem porte de arma de fogo de uso restrito e, se não for o caso da tentativa de homicídio, disparo de arma de fogo em local público. No mínimo, isso está muito claro e evidente”.

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