Coronel pró-câmeras se aposenta após ser rebaixado por Derrite
O coronel José Alexander de Albuquerque Freixo passou oficialmente para a reserva da Polícia Militar nesta terça-feira (18). Em fevereiro, ele foi retirado do posto de subcomandante da corporação pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, em intervenção rara.
Freixo é considerado um dos mais respeitados coronéis paulistas. É visto como o principal defensor da PM contra as interferências políticas na instituição e o avanço da “mentalidade bolsonarista” em postos chave.
Como subcomandante, teria se recusado a cumprir medidas consideradas políticas e, com isso, desagradado o secretário.
Freixo também é, segundo oficiais ouvidos, um dos críticos das operações letais na Baixada Santista e um dos defensores da ampliação do programa de câmeras corporais na tropa. À época, Derrite ainda se colocava como crítico do uso dos equipamentos.
O tema das câmeras já sofreu várias reviravoltas na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), com declarações contrárias e favoráveis tanto do governador quanto de Derrite. Tarcísio chegou a questionar a efetividade do uso dos equipamentos pelos policiais.
Em maio, o secretário sinalizou mudança de opinião a respeito do uso do equipamento.
“Eu mesmo na época da campanha questionei a utilização das câmeras e sua eficácia e eu pude acompanhar que ela pode ser utilizada para outras funcionalidades e isso pode ser muito bom não só para o policial, como para a população”, disse.
Em fevereiro, Derrite trocou 34 coronéis da PM, privilegiando ex-integrantes da Rota na formação da nova cúpula.
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