segunda-feira, outubro 7, 2024
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TJSP determina que Cristian Cravinhos faça exame criminológico

São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que Cristian Cravinhos, de 48 anos, faça exame criminológico para avaliar se ele tem condições de progredir para o regime aberto e cumprir o resto de sua pena em liberdade.

A juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Taubaté, deu, nesta sexta-feira (21/6), prazo de 40 dias para a realização do exame.

Ele está preso no Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo. Mais precisamente, na Penitenciária 2 “Dr. José Augusto César Salgado”, conhecida como P2. O local é chamado de “presídio dos famosos” pois é onde estão, entre outros, Robinho e o empresário Fernando Sastre Filho, o motorista do Porsche que bateu na traseira do carro do motorista de aplicativo Ornaldo Viana e o matou no dia 31 de março.

Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato do casal Richthofen, em São Paulo, em 21 de outubro de 2002. Ele chegou a progredir para o regime aberto em 2017, mas perdeu o benefício no ano seguinte após ser detido em uma confusão em que tentou subornar policiais.

Conforme revelou o Metrópoles, Cristian Cravinhos entrou com pedido no dia 16 de maio para progredir de regime e deixar a cadeia no interior de São Paulo. Em resposta à solicitação, o Alexandre Mourao Mafetano, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), argumentou que “apenas o exame criminológico se mostraria com autoridade suficiente para pontuar se o preso pode, ou não, experimentar o requerido regime prisional mais brando”.

A intenção desse exame, que foi imposto pela Justiça, deve avaliar a personalidade de Cravinhos, além da sua periculosidade, eventual arrependimento e a possibilidade de voltar a cometer crimes.

O exame deve fazer uma análise da personalidade; introjeção de valores ético e morais; presença de agressividade e impulsividade; mecanismos de contenção dos impulsos; elaboração de crítica sobre delitos; predomínio de atividades impulsivas; tolerâncias e frustrações; possibilidade de reincidência; e outras considerações de interesse da comissão.

Depois isso, uma comissão formada por cinco pessoas – um psiquiatra, um psicólogo, um assistente social e dois membros do próprio sistema penitenciário – deve avaliar as condições de Cravinhos antes de o juiz decidir se ele pode ou não avançar para o regime aberto.

A defesa de Cristian Cravinhos não se manifestou até o momento. O espaço segue aberto.

Cristian é o irmão mais velho de Daniel Cravinhos, o namorado de Suzane von Richthofen na época do crime, que foi cometido em 2002. Também condenados, Suzane e Daniel já conseguiram o benefício e estão fora das grades.

“O executado, como já referido, praticou grave conduta, sofreu pena elevada e descontou proporcionalmente pouco tempo do total da sanção – aproximadamente 55%”, registrou o promotor.

Regime aberto para Cristian Cravinhos em 2017

Cristian chegou a deixar a prisão em 2017, mas acabou detido em uma confusão em que tentou subornar um policial no ano seguinte.

No novo pedido de progressão, a advogada Maieli Luana Rodrigues alega que o assassino do casal Richthofen tem comportamento classificado como “bom”, trabalha na cadeia, sempre voltou das “saidinhas temporárias” e já cumpriu mais de 50% da sua pena.

“O reeducando já cumpriu o tempo suficiente de sua reprimenda em regime semiaberto, o qual, com grande perspicácia lhe serviu como instrumento de reparação de seu caráter, de sua moral, corrigindo sua personalidade e, consequentemente, afastando o desejo de delinquir, e a progressão ao regime mais brando é que se impõe”, afirmou.

Suborno

Em 2018, quando Cristian estava fora das grades, policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de desentendimento entre ele e a sua mulher em Sorocaba, no interior paulista.

Ele a teria agredido, mas a vítima não registrou a ocorrência. Por estar descumprindo as regras do regime aberto, pois estava fora da cidade de seu domicílio e em um bar, Cristian tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 1 mil em espécie.

Autuado em flagrante, ele seria condenado a mais 4 anos e 8 meses de prisão e voltou para o regime fechado.

Desde então, ele já pediu a remição de 250 dias da sua pena por trabalhar em Tremembé. Nesse período, ele atuou na horta, capinagem, jardinagem, apoio de manutenção, faxina interna e arremate de roupas.

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