Greve na Unifesp continua mesmo depois de retorno dos professores
São Paulo — Os alunos do campus de Diadema da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) decidiram, em assembleia nessa segunda-feira (24/06), continuar em greve, mesmo depois do acordo feito pelo governo federal no fim de semana. Os professores das universidades federais deliberaram, no último domingo (23/6), pelo fim da greve e o retorno do trabalho da categoria.
Os alunos optaram por continuar a paralisação porque a proposta do governo Lula, acordada com o corpo docente, não foi aceita pelos servidores técnico-administrativo em educação (TAES). Os estudantes argumentam que, mesmo que os professores voltem às aulas, a ausência dos técnico-administrativos impossibilita a realização de aulas práticas.
Segundo eles argumentam, a categoria é fundamental para o funcionamento dos laboratórios usados nas disciplinas do campus de Diadema, onde ficam cursos como Farmácia e Química.
O acordo do governo federal com professores inclui, entre outros pontos, o reajuste médio salarial, acumulado em quatro anos, de 28%.
Durante o período de greve, o governo petista enfrentou dificuldades para entrar em acordo com a categoria. No final do mês de maio, os alunos do campus da Unifesp em Guarulhos receberam o presidente Lula com um protesto pedindo verbas para a educação pública.
Com o volta dos professores, os demais campi da Unifesp, que ficam em Guarulhos e na Baixada Santista, estão organizando seus calendários o retorno.
Demais universidades do estado
Além da Unifesp, a greve afetou outras duas universidades federais no estado, a Universidade Federal do ABC (UFABC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que ingressaram no movimento ainda em março, com o início da paralisação dos TAEs
Na Unifesp e na UFSCar, o movimento também recebeu adesão dos estudantes.
Desde o anúncio do acordo, no domingo, tanto a UFABC quanto a UFSCar publicaram um calendário planejando a retomada das aulas. Pelas redes sociais, a Federal do ABC informou que suas aulas retornariam nessa segunda-feira (24/6), enquanto que a universidade em São Carlos agendou o retorno para esta terça-feira (25/6).