sábado, setembro 21, 2024
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Dengue hemorrágica: sintomas e tratamento – Minha Vida

A doença é causada por um agravamento do quadro de dengue
Docente da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), especialista em inf…
Redatora especialista em bem-estar, família, beleza, diversidade e cuidados com a saúde do corpo.
A dengue hemorrágica é uma complicação do vírus da dengue, caracterizada por alterações na coagulação sanguínea. A doença provoca sintomas como manchas vermelhas na pele e dor abdominal intensa.
A transmissão da dengue ocorre, exclusivamente, através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Logo, a dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Uma vez que o indivíduo é picado, a doença pode se manifestar de três a 15 dias.
Existem quatro tipos de vírus causador da dengue com quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os demais.
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Qualquer um dos quatro sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. Dificilmente a complicação acontece quando a pessoa é infectada pela primeira vez, mas as chances aumentam na segunda, terceira ou quarta infecção.
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos sintomas de dengue clássica – a diferença é que a febre diminui ou cessa após o terceiro ou quarto dia da doença, além de surgirem hemorragias em função do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Veja os sinais de alerta:
Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque, provocando os seguintes sintomas:
A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas.
O diagnóstico é feito com exame de sangue para dengue ou sorologia para dengue. Caso haja a suspeita de dengue hemorrágica, outros métodos podem ser utilizados para detectar a complicação.
Os exames podem incluir:
Não há um tratamento específico para a dengue hemorrágica. É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso o paciente apresente dor e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos quadros graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.
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No caso da dengue hemorrágica, outros cuidados podem ser tomados, como:
Com cuidados precoces e intensos, a maioria dos pacientes se recupera da dengue hemorrágica. No entanto, o quadro clínico pode se agravar rapidamente sem os tratamentos adequados, provocando sinais de insuficiência circulatória e choque, o que pode levar a pessoa à óbito em até 24 horas. Dessa forma, é essencial que seja feito o diagnóstico preciso e que cuidados médicos sejam tomados.
O Aedes aegytpi coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso, jogue fora pneus velhos, vire garrafas com a boca para baixo e, caso seu quintal seja propenso à formação de poças, realize a drenagem do terreno. Não se esqueça também de lavar a vasilha de água do seu bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas.
O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método eficaz para se proteger contra a dengue. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo.
O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que o prato se torne um criadouro de mosquitos.
Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os criadouros mais produtivos de dengue, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar isso, as pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.
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Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito.
Outras possíveis complicações da dengue incluem:
Helena Brígido, infectologia e docente da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), especialista em Infectologia, Epidemiologia e Saúde Pública, Mestre em Medicina Tropical – CRM 4374/PA
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