domingo, setembro 22, 2024
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Microsoft encontra falhas graves no Linux que dão acesso root a hackers – Tecnoblog – Tecnoblog

Chamadas de Nimbuspwn, falhas no Linux descobertas pela Microsoft permitem roubo de dados, por exemplo; já há correções
Especialistas em segurança da Microsoft descobriram duas vulnerabilidades no Linux que dão ao invasor acesso root ao sistema. Chamadas pela companhia de Nimbuspwn, as falhas são consideradas graves. Ambas podem ser exploradas para ataques de ransomware ou roubo de dados, por exemplo.
Oficialmente, as vulnerabilidades foram identificadas como CVE-2022-29799 e CVE-2022-29800. Elas se manifestam no networkd-dispatcher. Trata-se de um componente presente na maioria das distribuições Linux que reporta mudanças no status de rede e pode executar scripts em resposta a elas.
O primeiro problema consiste em uma vulnerabilidade de passagem de diretório. Nessa modalidade, o invasor pode ter acesso a arquivos ou diretórios existentes fora do diretório raiz. Isso significa, basicamente, que um hacker pode sair do diretório do networkd-dispatcher (normalmente, /etc/networkd-dispatcher) para explorar outras partes do sistema.
Por sua vez, o segundo problema é do tipo TOCTOU, sigla para Time Of Check To Time Of Use (Tempo de Verificação até o Tempo de Uso, em tradução livre). Falhas do tipo exploram a diferença de tempo existente entre a verificação do estado de um componente e sua execução.
No networkd-dispatcher, o TOCTOU é explorado com base no intervalo de tempo entre scripts serem checados e executados. Um hacker pode explorar esse período para substituir scripts legítimos por maliciosos.
Para garantir que a carga maliciosa seja executada, o invasor precisa injetar vários scripts no sistema. Mas esse é apenas um complicador, não um impeditivo. Com essa abordagem, os pesquisadores da Microsoft precisaram de apenas três tentativas para um script malicioso ser executado durante o experimento.
A exploração de ambos os problemas dá acesso ao sistema com privilégios de administrador (root). As consequências podem ser desastrosas, afinal, o leque de ações maliciosas possíveis por meio desses privilégios é amplo.
Hackers podem usar as vulnerabilidades Nimbuspwn para instalar backdoors, implementar ransomwares, roubar dados sigilosos, derrubar proteções do sistema e assim por diante.
As vulnerabilidades Nimbuspwn são preocupantes, como ficou claro. Mas há uma boa notícia: quando soube delas, Clayton Craft, mantenedor do networkd-dispatcher, tratou de trabalhar nas correções. Não por acaso, a Microsoft agradeceu ao desenvolvedor “por seu profissionalismo e colaboração na resolução desses problemas”.
Como as correções já estão disponíveis, é de se esperar que as distribuições as incluam em seus próximos ciclos de atualizações. É recomendável que elas sejam instaladas o quanto antes, é claro, especialmente em instalações do Linux em servidores.
No decorrer do texto, talvez você tenha se perguntado: por que a Microsoft pesquisou problemas de segurança no Linux? A explicação está no fato de a descoberta ter vindo da divisão Microsoft 365 Defender, que atua no segmento corporativo. Os clientes dessa divisão podem trabalhar com várias plataformas, razão pela qual a companhia não limita o seu raio de ações ao ecossistema do Windows.
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Qualquer um que entender a sério de linux vai te dizer que a grande diferença é a transparência, ninguem esconde quando acham um bug, vão lá e corrigem rapidamente.
Diferente da microsoft muitas vezes que fica meses escondendo o problema enquanto os hachers seguem fazendo a festa. Ou tu acha que quando acham uma falha de seguranca presente em 3 ou 4 versões do windows ninguém suspeitava que ela existia e ignoraram ela?
Chega até ser engraçada a matéria kkk sendo o Windows um queijo suisso no quesito segurança, eles da Micro$oft acham que quem usa Linux irá largar e instalar Windows por uma notícia deste tipo kkk hilário rsrs
Não, cara, a Microsoft não acha isso. A empresa tem um núcleo de pesquisa em segurança bem forte porque eles têm clientes corporativos que usam Linux (e outros sistemas), daí a razão dessa e de tantas outras pesquisas.
Se você tivesse lido o texto, saberia disso. E também saberia que a própria Microsoft agradeceu ao criador do módulo defeituoso por ter implementado as correções rapidamente.
Se informe primeiro antes de vir aqui passar vergonha (inclusive usando esse “$” ridículo no nome da empresa). Essa Microsoft que abomina o Linux morreu desde que Satya Nadella assumiu as rédeas da empresa.
Não Man, a própria Microsoft tbm usa Linux internamente! Ela tem a sua própria distro Linux, chamada de CBL-Mariner. E como diz na matéria, boa parte dos clientes corporativos dela usam sistemas operacionais baseados em Linux e, portanto, a segurança de suas clientes é uma prioridade altíssima nos tempos atuais.
Bom a falha nao é bem do Linux , networkd dispatcher é um modulo do systemd que acho uma tranqueira complexa e desnecessaria que hoje integra varias funcoes e recursos do sistema operacional, quiseram substituir o tradicional mas deviam ter pensado em algo que fizesse somente necessario eu acho é minha opiniao
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