sábado, outubro 5, 2024
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Boulos usa projeto próprio para criticar PL que multa doação de comida

São Paulo — O deputado federal Guilherme Boulos (PSol) utilizou um evento de lançamento do Programa Nacional de Cozinhas Solidárias, na tarde desta sexta-feira (5/7), para fazer um contraponto ao projeto que previa multa para doações de alimentos a moradores de rua.

Na semana passada, a Câmara Municipal da capital paulista aprovou em primeiro turno projeto que previa R$ 17 mil de multa a quem doasse comida a pessoas em situação de rua. A proposta é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), que integra a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB), principal adversário de Boulos na disputa à Prefeitura de São Paulo.

Autor do projeto de lei que originou o Cozinhas Solidárias, programa que prevê distribuição gratuita de alimentos a pessoas em situação de fome, Boulos participou de um evento em Cidade Dutra, na zona sul paulistana, ao lado dos ministros Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social). No local, anunciou a construção de sete novas cozinhas na periferia paulistana a partir da próxima semana.

“Isso é muito importante, porque é chocante ver que tem pessoas que são contra combater a fome Tem pessoas que colocam as suas opiniões ideológicas acima do combate à fome. É uma loucura o que nós vimos: um projeto de um vereador apoiado pela base do atual prefeito aqui em São Paulo que queria multar em 17 mil reais as pessoas que distribuíssem alimento”, disse Boulos.

O pré-candidato à Prefeitura acrescentou que os recursos que permitiram a construção de novas Cozinhas Solidárias vieram tanto do governo Lula (PT) como de emendas parlamentares do próprio Boulos. O psolista tem utilizado a atuação como deputado para rebater críticas de que não teria experiência com cargos no Executivo.

PL polêmico teve aval da oposição

Antes de ir à votação em plenário, o Projeto de Lei (PL) que prevê multa de R$ 17 mil a quem doasse comida a moradores de rua já havia sido aprovado pelas comissões temáticas da Câmara Municipal, no dia 4 de junho.

No Colégio de Comissões, que reúne todas as comissões pelas quais o texto deve passar, a proposta foi aprovada com 25 votos a favor e apenas um contrário, do vereador Hélio Rodrigues (PT). Seis vereadores da oposição foram favoráveis: os petistas Adriano Santos, Arselino Tatto, Jair Tatto, João Ananias e Manoel del Rio, além da psolista Silvia Ferraro.

Os votos dos vereadores de oposição foram mencionados por Rubinho Nunes em entrevista ao Metrópoles. Questionado sobre o aval deles, Boulos afirmou que o resultado pode ter sido fruto de uma aprovação simbólica.

“Em comissão existem as aprovações simbólicas, nas quais não se vota, e aí consta todo mundo que estava presente na comissão como tendo aprovado. Em plenário, que é onde importa, tanto a bancada do PSol quanto a bancada do PT votaram contra esse projeto”, disse nessa sexta.

Diante da repercussão negativa teve a tramitação suspensa na última semana diante da repercussão negativa.

O texto foi aprovado em primeiro turno na Câmara no dia 26 de junho, em votação simbólica que durou 34 segundos. O texto deveria ser submetido a uma segunda votação, antes de ser encaminhado para sanção do prefeito, mas eve a tramitação suspensa diante da repercussão negativa.

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