PM encontra parte de material radioativo furtado e prende 3 suspeitos
São Paulo – A Polícia Militar (PM) encontrou em uma loja de baterias, na Avenida Itaquera, na zona leste da capital paulista, outra parte do material radioativo de uso hospitalar que foi furtado na madrugada do último dia 30 de junho. Três pessoas foram presas.
A batida da PM aconteceu por volta das 13h de sábado (6/7), após os agentes obterem informações de que parte do material radioativo havia sido vendida para o proprietário da loja de baterias. O local foi isolado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), cinco cilindros foram recuperados no estabelecimento e, anteriormente, em um ferro velho, em Cidade Tiradentes, na mesma região da cidade.
Três suspeitos, de 21, 25 e 53 anos, que não tiveram as identidades informadas, foram presos. Eles devem responder por receptação e porte de material nuclear.
Risco de contaminação
De acordo com a SSP, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) informou que os quatro cilindros, que continham geradores de Mo-99 e TC-99 e cujo conteúdo já havia sido utilizado, não apresentavam risco.
Já o quinto cilindro continha o gerador de Ge-68/Ga-68, cujo conteúdo não foi encontrado, segundo a pasta.
“A CNEN informou, ainda, que o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) está finalizando um relatório sobre as taxas de radiação, em caso de manipulação, e adiantou que o resultado não é preocupante.”
Pela manhã, o órgão também realizou monitoramento de radiação no Jardim Iguatemi, na zona leste, onde foi encontrada uma embalagem com geradores de 99Mo/99Tc. Nenhum risco de contaminação foi detectado.
Alerta
O furto do material radioativo ocorreu na Rua Félix Bernardelli, no Jardim Bandeirante, zona leste de São Paulo, na madrugada do último dia 30 de junho. A caminhonete, onde a carga era transportada, pertence a uma empresa de equipamentos médicos.
No momento do furto, o veículo e o material radioativo encontravam-se sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante. O material foi coletado no Rio de Janeiro e seria entregue no Paraná e em Santa Catarina.
Foi a própria CNEN, órgão vinculado ao governo federal, quem divulgou um alerta sobre o furto do carro contendo fontes radioativas.