domingo, outubro 6, 2024
Tecnologia

Estudantes de Tecnologia em Gestão Pública realizam ação solidária em Natividade – unitins.br

Dezenas de absorventes foram arrecadados e doados para meninas e mulheres de bairros carentes do município

Estudantes de Tecnologia em Gestão Pública doam abosorventes para meninas e mulheres em Natividade (Foto: arquivo pessoal)
Estudantes do 1º período do curso de Tecnologia em Gestão Pública do polo de Natividade, ofertado pelo Projeto de Interiorização Universitária (TO Graduado), promovido pelo Governo do Estado via Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), realizaram uma ação solidária que consistiu na arrecadação de absorventes com o intuito de doá-los para meninas e mulheres carentes do município e ajudar no combate à pobreza menstrual.
A ação foi proposta e conduzida pela tutora presencial e advogada, Waleria da Silva Corrêa. Ela conta que já realizava esse projeto junto com a sua irmã e resolveu propor para os acadêmicos. “Eu propus a ideia para a turma que, prontamente, abraçou a campanha e conseguimos arrecadar muitos absorventes que foram entregues no setor Sul, uma região pobre de Natividade”.
A acadêmica Larissa Bulamarck relata que a experiência a fez enxergar o poder das pequenas ações. “Essa experiência me ensinou o poder da solidariedade e a importância de pequenas ações, que podem trazer grandes mudanças. Continuarei envolvida em iniciativas como essa e incentivar outros a fazerem o mesmo, pois acredito que juntos podemos fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, declarou.
Larissa destacou ainda o momento da entrega dos produtos. “Ver a alegria e o alívio nos rostos dessas mulheres e meninas foi uma experiência transformadora. A doação de absorventes, algo que para muitos pode parecer simples, teve um impacto profundo e imediato na vida dessas pessoas, proporcionando dignidade e melhorando a qualidade de vida”.
Para o coordenador do curso de Tecnologia em Gestão Pública, José Fernando Bezerra Miranda, essa interação entre universidade e comunidade é de extrema relevância para formação acadêmica dos alunos. “O desenvolvimento desses projetos sociais demonstra o impacto positivo na região a partir de ações internas realizadas pelos alunos e tutores. Além disso, há ainda os projetos de extensão que auxilia a demonstrar as necessidades sociais para os nossos futuros gestores públicos”, completa.
A doação aconteceu neste domingo, 7, e os pacotes de absorventes que restaram serão entregues no início do próximo semestre.
Mais informações
A pobreza menstrual é caracterizada pela falta de infraestrutura, recursos e até conhecimento por parte de pessoas que menstruam para cuidados envolvendo a própria menstruação.
No Brasil, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Além de privação de chuveiros em suas residências, 4 milhões de meninas sofrem com pelo menos uma privação de higiene nas escolas. Isso inclui falta de acesso a absorventes e instalações básicas nas escolas, como banheiros e sabonetes. Dessas, quase 200 mil alunas estão privadas de condições mínimas para cuidar da sua menstruação na escola. Os dados são da pesquisa “Pobreza Menstrual no Brasil: Desigualdade e Violações de Direitos”, lançada em maio de 2021 por UNICEF e UNFPA.

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