O futuro do trabalho, tecnologia e IA na estratégia de vendas – Portal ClienteSA
Dar prioridade às relações humanas autênticas no meio da interação digital pode revelar-se uma vantagem na criação da melhor estratégia de vendas para as empresas
Autora: Zahra Jivá
Dar prioridade às relações humanas autênticas no meio da era de interação digital pode ser uma vantagem na criação da melhor estratégia de vendas para a sua empresa. Com o segundo semestre se aproximando, é preciso uma reflexão aprofundada sobre os desafios para o restante do ano e como vamos conseguir alcançar os objetivos de negócio, levando em conta a coexistência de tecnologia e humanidade (com diferentes gerações).
O último relatório The State of Sales & Marketing da Pipedrive revelou que as empresas que priorizam investimentos em tecnologia têm menos preocupações com o aumento do volume de trabalho, em comparação a outras. O resultado deste levantamento revela também que as empresas que investem mais em tecnologia têm 18% mais probabilidade de crescer anualmente. Dito isto, é tentador confiar em novas e excitantes tecnologias, mas, neste setor, o truque passa por encontrar um equilíbrio entre a tecnologia e a ligação humana para maximizar o processo de venda.
À medida que embarcamos para a segunda metade de 2024, vamos olhar para o futuro e refletir sobre três tendências que prometem moldar o setor dos negócios até o final do ano:
Tecnologias em evolução
No mundo em que vivemos, a tecnologia é um fator-chave de progresso e resiliência no panorama empresarial. Ela revela-se essencial para os vendedores, que vão continuar a aperfeiçoar as suas estratégias de vendas digitais e a procurar ativamente plataformas tecnológicas que vão além da mera gestão de dados. A tecnologia tem mostrado novas formas de criar experiências únicas para o cliente, sem falhas, ao mesmo tempo que promove relações duradouras. Cabe aos profissionais de vendas decidirem de que forma querem usar as tecnologias disponíveis para oferecerem vantagens.
IA: A coexistência da tecnologia e da humanidade
A inteligência artificial tornou-se (quase) onipresente, mas as empresas ainda procuram entender o potencial desta tecnologia para aumentar as vendas. Competências interpessoais continuam a ser cruciais num mundo que está repleto de novas ferramentas artificiais. A entrega de valor ao cliente, a confiança e o estabelecimento de ligações genuínas são áreas em que a IA fica aquém das expectativas, o que prova a importância duradoura da interação humana. Embora a IA esteja por todo o lado, não se pode substituir o valor do verdadeiro envolvimento humano. As empresas, conscientes deste fato, são cautelosas quanto à adoção total de modelos de vendas e de atendimento ao cliente totalmente apoiado em IA. Prevalece o sentimento de que, pelo menos num futuro próximo, a IA não pode replicar a profundidade da ligação humana e a confiança que esta tem tanto nos clientes como nas empresas.
Entrada da geração Z no mercado de trabalho
Um relatório do Fórum Econômico Mundial afirma que a Geração Z representará cerca de 27% da força de trabalho até 2025. A tecnologia tem feito parte da vida desta geração desde o início, e um grupo mais jovem de consumidores com conhecimentos tecnológicos entrará na força de trabalho profissional acelerando a transição digital. A mentalidade de colocar a tecnologia em primeiro lugar funciona como um farol e inspira outros a abraçarem o poder de um ecossistema tecnológico totalmente integrado. A distinção entre a execução de modelos de vendas em folhas de cálculo e a adoção de plataformas de vendas digitais torna-se um fator essencial para alcançar um crescimento sustentável e ainda captar audiências emergentes.
Embora a utilização de plataformas digitais para chegar à Geração Z seja uma abordagem de vendas integral, a ligação humana continua a ser importante para eles. É inegável que a digitalização ligou as pessoas de uma forma nunca vista ao longo da história da humanidade. Estar constantemente conectado digitalmente tornou-se um modo de vida. No entanto, estudos afirmam que, paralelamente ao aumento da conectividade, a tendência para se sentir “desligado” ou solitário também pode aumentar, uma vez que as interações na realidade se tornaram secundárias em comparação às digitais. Paradoxalmente, a comunicação cara a cara, as ligações humanas genuínas e a empatia são mais importantes do que nunca. Dar prioridade às relações humanas autênticas no meio da interação digital pode revelar-se uma vantagem na criação da melhor estratégia de vendas para a sua empresa. Afinal de contas, as pessoas compram experiências e emoções, e não apenas produtos ou serviços.
Agora, a inovação tecnológica e a sensibilidade humana fundem-se em perfeição para uma conduta de vendas saudável. O grande desafio dos profissionais de vendas está na sua capacidade de dominar a delicada interação entre a proeza tecnológica e o sentimento genuíno e atemporal do envolvimento humano.
Zahra Jivá é diretora de estratégia global de vendas na Pipedrive.
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