domingo, outubro 6, 2024
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Dengue hemorrágica: sintomas, tratamento e quanto tempo dura – Terra

Doença endêmica no Brasil, a dengue é uma preocupação constante para os órgãos públicos. Sua versão mais grave, a dengue hemorrágica, atinge uma a cada 20 pessoas infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti e pode levar à morte, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. 
Neste mês, Jhonatan Wiliantan da Silva morreu de dengue hemorrágica e sua história foi ao ar no quadro do Domingão com Huck, da TV Globo, neste domingo (26) e repercutiu nas redes sociais.
Diante desses dados e do aumento de casos em território nacional, é importante entender como a doença se manifesta, como é tratada e quais são as medidas de prevenção.
A dengue é um tipo de infecção marcada por quadros de febre aguda. O arbovírus que a transmite é da família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. Costuma atingir humanos picados pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti (quando o inseto está infectado), podendo despertar desde sintomas leves a graves.
Os casos mais preocupantes, que podem levar à morte, são classificados como dengue hemorrágica, quando a doença evolui entre o terceiro e o sétimo dia de sintomas. De acordo com a Fiocruz, pacientes acometidos com o quadro apresentam manifestações hemorrágicas, neurológicas, colapso circulatório e convulsões.
O risco de desenvolver a forma grave da doença é maior para quem tem histórico de infecções prévias — isso é possível pois há quatro subtipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Gestantes, crianças, idosos e indivíduos com doenças crônicas também correm mais risco de sofrer complicações da dengue.
Pessoas com dengue hemorrágica podem ter os mesmos sintomas da forma simples da doença, como febre alta e repentina, dor de cabeça, manchas e erupções na pele, náuseas, vômitos, cansaço e dores nos ossos. A versão grave da doença potencializa essas sensações e desperta ainda:
Com o surgimento de qualquer um desses sintomas, recomenda-se que o paciente busque uma unidade de saúde imediatamente.
Como não há um remédio específico para combater o vírus, o tratamento da dengue é feito com analgésicos e antitérmicos, além de muita hidratação. 
Geralmente, o indivíduo com as formas leve e moderada doença pode ser tratado em casa, de repouso e sob acompanhamento médico. Já os casos de dengue hemorrágica demandam internação.
No início deste mês de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova vacina contra a dengue, a primeira recomendada tanto para quem teve a doença quanto para quem nunca a desenvolveu.
Batizado de Qdenga, o imunizante da empresa japonesa Takeda Pharma apresentou eficácia de 80,2% contra a doença após 12 meses de aplicação da segunda dose. De acordo com a Anvisa, o número de hospitalizações caiu para 90%.
A priori, a vacina é recomendada para pessoas entre 4 e 60 anos. Mulheres grávidas e em fase de amamentação não devem ser vacinadas.
Com a autorização da agência, o imunizante já pode ser comercializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela rede privada, mas ainda não foi incorporado ao programa de imunizações pelo Ministério da Saúde.
Geralmente, demora de 3 a 15 dias para os sintomas aparecerem. O quadro pode ser agravado, chegando a óbito rapidamente, de 12 a 24 horas, como também pode ser atenuado rapidamente, com terapia anti-choque adequada.
Para a recuperação do indivíduo, a doença precisa ser tratada imediatamente, sob acompanhamento médico e administração das terapias propícias aos sintomas da doença.
Sim. É mais comum desenvolver a forma grave quando o indivíduo já foi infectado por uma das formas do vírus, mas é possível sofrer sérias complicações já na primeira infecção.
A principal forma de prevenção da dengue hemorrágica é a partir do controle da proliferação do mosquito. Isso é feito pelos órgãos de saúde por meio da eliminação de criadouros e ações de vistoria e conscientização para que os cidadãos não deixem reservatórios e outros locais com água parada descobertos.
Também recomenda-se que residentes e passantes em áreas de grande transmissão usem calças e camisas de manga comprida, além de repelentes. Assim que disponível para toda a população, a vacina também será uma importante medida de prevenção ao vírus.

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