domingo, outubro 6, 2024
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Colômbia e Espanha merecem vencer Copa América e Eurocopa

“Todo mundo quer ser amado, não é?” A frase poderia ter saído da boca de um paciente em uma sessão de terapia ou de um cantor de música sertaneja, mas foi dita pelo técnico da seleção inglesa, Gareth Southgate, depois da classificação à final da Eurocopa.

Foi um desabafo em resposta à enxurrada de críticas que a Inglaterra recebeu ao longo do torneio, por ter sido… Inglaterra. Uma equipe que chegou como uma das favoritas, mas foi sobrevivendo. Do gol de Jude Bellingham no último minuto da prorrogação contra a Eslováquia nas oitavas, passando pela vitória nos pênaltis sobre a Suíça nas quartas, ao gol improvável do reserva Watkins nos acréscimos da semifinal contra a Holanda.

A segunda final de Eurocopa consecutiva dos ingleses –perderam a última para a Itália, nos pênaltis, em Wembley– é domingo (14), em Berlim, contra a Espanha, melhor futebol do torneio.

Os ingleses que me perdoem, mas acredito que quem leva são os espanhóis, que eliminaram Alemanha e França.

A Espanha é comandada por Luis de la Fuente, técnico alvo de críticas quando anunciado, no início de 2023, por não ter tanta bagagem quanto os antecessores, tendo sido campeão europeu com as seleções sub-19 e sub-21. De la Fuente apostou em Lamine Yamal, sorrisão com aparelho nos dentes, ágil e talentoso. O jogador do Barcelona faz 17 anos na véspera da final, e o golaço que marcou na semifinal contra os franceses foi um cartão de visitas daqueles para o mundo do futebol. Será que essa Espanha pode voltar a ser dominante assim como a geração que, entre 2008 e 2012, foi campeã mundial e bi da Euro?

Também no domingo, tem a final da Copa América entre Argentina e Colômbia, em Miami.

Já li (e ri) que a Colômbia tem em James Rodriguez seu Benjamin Button. Assim como Yamal, o capitão colombiano também pode ganhar um título de presente de aniversário, já que completa 33 anos nesta sexta-feira (12). James, um gol e seis assistências até agora, cérebro do time, deve ser eleito melhor jogador do torneio (já sei o que torcedores do São Paulo vão falar…).

Aposto nos colombianos, seleção que vi jogar em três partidas aqui nos Estados Unidos. Eles não perdem há impressionantes 28 jogos, ou dois anos e meio. Voltam a uma final depois de 23 anos – a última foi quando venceram a Copa América de 2001. Têm total condição de derrotar a Argentina de Lionel Messi, campeã mundial, mas que não tem jogado um futebol exuberante.

No entanto, se os argentinos ganharem, se tornam os maiores vencedores do torneio –estão empatados com o Uruguai, com 15 títulos cada. E será que essa é a última competição de Messi com a seleção?

Entre as quatro finalistas, a seleção mais pressionada certamente é a inglesa, que tenta deixar para trás 58 anos angustiantes sem títulos no masculino. Para piorar, o Rei Charles 3º mandou uma mensagem para os jogadores, com um pedido: “se eu puder encorajá-los a garantirem a vitória sem precisarem de um gol maravilhoso no último minuto ou outro drama nos pênaltis, tenho certeza de que isso aliviaria o stress e os batimentos cardíacos e pressão arterial da nação”.

Um podcast feito pelo The Athletic antes da final tem um título que resume bem a mistura de vergonha e esperança dos ingleses ao longo da campanha da Euro: “A Inglaterra é boa ou só teve sorte?” Eu diria que é boa e teve sorte. Não só o time de Southgate, mas qualquer seleção que quer ser campeã precisa dos dois.


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