domingo, outubro 6, 2024
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Tarcísio demite “Las Vegas”, coronel da PM ligado a cassinos ilegais

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) demitiu o tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Rogério Carbonari Calderari, conhecido como “Las Vegas”, que é condenado por integrar um grupo criminoso que lucrava com cassinos ilegais na capital paulista.

Por causa do esquema com as casas de jogos de azar, o tenente-coronel da PM foi condenado a 12 anos e 3 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pelo Tribunal de Justiça Militar (TJM-SP) pelos crimes de corrupção passiva e participação em organização criminosa.

Em 6 de maio de 2024, desembargadores da corte militar também declararam Calderari indigno do oficialato e determinaram a perda do posto e da patente.

“Restou apurado que o representado era conhecido na tropa como ‘Las Vegas’ em razão de sua intensa corrupção, sendo de amplo conhecimento que recebia com regularidade dinheiro proveniente da exploração de jogos de azar”, registra o acórdão, obtido pelo Metrópoles.

Com o trânsito em julgado do processo, o agora ex-PM teve a demissão publicada no Diário Oficial de São Paulo dessa sexta-feira (12/7).

“Las Vegas” de SP

Segundo a investigação, na época dos fatos, Calderari era major e trabalhava no 22º Batalhão Metropolitano da PM, responsável por patrulhar áreas da zona sul de São Paulo. O esquema, que também envolvia outros oficiais e seis civis, durou pelo menos de 2012 até janeiro de 2018.

Uma das funções do oficial era evitar que os cassinos controlados pelo grupo fossem alvo da polícia. “Caso não conseguisse evitar a ação policial, encaminhava a ocorrência para a delegacia de polícia, onde também atuavam policiais civis corrompidos, de modo a não interromper a exploração dos jogos de azar”, registra o acórdão.

Os investigadores afirmam, ainda, que o grupo criminoso usava armas de fogo e munições irregulares. No quarto de Calderari, investigadores localizaram uma pistola calibre .380, com três carregadores e 15 munições.

No processo, Calderari questionou as provas apresentadas e alegou sofrer perseguição do seu então superior hierárquico. A tese, no entanto, foi rejeitada pelos julgadores.

“A decisão transitada em julgado dá conta de que o representado praticou condutas desabonadoras, ignorando a deontologia policial-militar, infringindo valores fundamentais determinantes da moral policial-militar como a hierarquia, a disciplina, a lealdade, a honra e a honestidade”, registra o magistrado Orlando Eduardo Geraldi, relator do caso.

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