sábado, outubro 5, 2024
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Linha 15-Prata vai circular sem funcionário dentro do monotrilho

São Paulo — Os trens da Linha 15-Prata devem começar a circular sem operadores embarcados a partir de agosto, segundo o Metrô. O monotrilho da zona leste de São Paulo, como também é conhecido, conta atualmente com um funcionário da companhia em cada composição, embora seja controlado, de fato, de forma remota. A mudança é criticada por sindicalistas, que apontam risco à segurança dos passageiros.

“Nessa primeira fase, o Metrô vai contar com os operadores ainda dentro do trem e tudo vai evoluir gradativamente a partir do monitoramento e comportamento do sistema, que já vem sendo testado exaustivamente pelo Metrô. As estações também contarão com operadores especializados”, diz a companhia, sob gestão do governo estadual, de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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Monotrilho da Linha 15-Prata na zona leste de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Monotrilho da Linha 15-Prata na zona leste de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Monotrilho da Linha 15-Prata na zona leste de São Paulo

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Monotrilho da Linha 15-Prata na zona leste de São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Monotrilho da Linha 15-Prata na zona leste de São Paulo

O Metrô diz que o sistema é semelhante ao já utilizado na Linha 4-Amarela e que a Linha 15-Prata foi projetada para isso. “A operação está em acordo com o projeto da linha, cujas composições e sistemas foram desenvolvidos para o funcionamento totalmente remoto, como já acontece em outros monotrilhos do mundo e até mesmo em linhas de metrô convencional”, diz.

A companhia afirma também que o “sistema de controle está dotado de todas as garantias de segurança para esse tipo de sistema, que mantém o controle da operação e dos trens no Centro de Controle Operacional (CCO/CC15), com acesso a todos os recursos para comunicação com o passageiro”.

Segundo o Metrô, nenhum operador perderá o emprego e os funcionários serão remanejados.

Risco

Entre metroviários, a presença de um funcionário no interior do trem é vista como fundamental para manter a segurança dos passageiros, principalmente em situações que possam provocar pânico.

Diretor da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Alex Santana diz que a presença de um funcionário é a última camada de segurança e de atendimento aos passageiros.

“Em situações de emergência, como falhas mecânicas, problemas de infraestrutura ou incidentes de saúde entre os passageiros, a intervenção humana imediata é crucial. Funcionários a bordo são treinados para lidar com essas situações de forma rápida e eficiente, garantindo a segurança e o bem-estar dos passageiros”, diz Santana.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo pretende realizar, nesta quarta-feira (16/7), uma manifestação contra a retirada dos operadores.

Concessão

Na última semana, o governo estadual propôs a revogação da licitação da Linha 15-Prata. A decisão acontece em comum acordo, já que o vencedor, o Grupo CCR, também afirma que não vai se opor à decisão.

Ao longo do tempo, o monotrilho sempre esteve envolto em polêmicas, falhas e brigas judiciais.

Entre pessoas que acompanham as questões relacionadas ao monotrilho, a avaliação é de que os custos operacionais são maiores do que os previstos à época da licitação, o que gerou desinteresse por parte do Grupo CCR. Outra possibilidade é a de que as constantes falhas e problemas da Linha 15-Prata tenham desestimulado a concessionária.

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