segunda-feira, outubro 7, 2024
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Sorveteria de São Paulo recebe ataques contra judeus no Instagram

São Paulo — A sorveteria judaica Glidah, em Santa Cecília, na região central de São Paulo, tem recebido ataques antissemitas em sua página no Instagram, muitos deles citando o conflito entre Israel e Palestina, no Oriente Médio. O proprietário, Ronny Trojbicz, decidiu expor os comentários.

“Não é de hoje, já faz um tempo. Eu bloqueava a pessoa e apagava o comentário. A pessoa fazia um comentário, o pessoal que seguia a gente respondia e ficava uma briga no perfil. Não queria isso”, afirma Trojbicz, que inaugurou a sorveteria em dezembro. Nos últimos dias, o comerciante decidiu expor em story no Instagram alguns dos comentários.

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Comentários feitos na página da sorveteria Glidah no Instagram

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Manifestação do dono da sorveteria Glidah

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Sorveteria Glidah, em Santa Cecília, na região central de São Paulo

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Fachada da sorveteria Glidah, em Santa Cecília, na região central de São Paulo

Divulgação/Glidah

“Israel é aquele projeto de ocupação que matou mais de 14 mil bebês. Parabéns, comemorem com sorvete”, escreveu uma das pessoas. “Incendeiam pessoas vivas como parte do divertimento também? Genocidas!”, disse outra.

“Estes são alguns dos comentários que recebemos nas nossas postagens. Não é sobre nosso trabalho e nem sobre os nossos produtos, fato que nos deixa bem à vontade para bloquear e excluir. Pessoas que entram no nosso perfil para ofender e pregar discurso de ódio continuarão sendo denunciadas à plataforma”, disse Trojbicz.

O comerciante diz ao Metrópoles que aquilo que mais o incomoda é justamente ser chamado de genocida. “Tem muito a palavra genocida, me chamando direta ou indiretamente. Eu não me recordo de ter matado alguém”, afirma. Sobre formalizar a denúncia na Polícia Civil, o dono da sorveteria diz que essa sugestão já foi feita por amigos e tem sido considerada.

Boicote

Glidah significa sorvete, em hebraico. Para Trojbicz, ele e outros comerciantes judeus têm notado um boicote a estabelecimentos judaicos. “Isso, eu sei que tem”, diz.

“O que posso dizer é que, na sorveteria, só estamos trabalhando para oferecer o melhor produto possível. Nós somos brasileiros e temos que trabalhar e fazer com que o Brasil vá para frente, sem nos influenciar com aquilo que acontece fora do país”, se defende.

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