domingo, outubro 6, 2024
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Tarcísio desmente Valdemar sobre ida ao PL: “Não tem nada previsto”

São Paulo — O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou, nesta quarta-feira (24/7), que esteja negociando a desfiliação de seu partido para ir para o PL, legenda do padrinho político Jair Bolsonaro, ex-presidente da República.

“Não tem nada previsto, eu estou muito confortável no Republicanos e vou permanecer”, disse o governador, em entrevista à GloboNews.

A mudança de Tarcísio para o PL começou a ser cogitada no ano passado, quando seu partido abriu negociações para fazer parte da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso.

Em setembro de 2023, o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foi nomeado ministro de Portos e Aeroportos. Tarcísio chegou a dizer que conversaria com o presidente de sua legenda, Marcos Pereira, sobre o tema, mas se manteve no Republicanos.

Em maio deste ano, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teria afirmado sobre a troca de partidos – informação confirmada por auxiliares de Bolsonaro.

Aliados de Tarcísio, contudo, não corroboraram. “Não tem movimento do governador nesse momento para mudança de partido”, disse, na época, ao Metrópoles, extraoficialmente, uma das pessoas com maior interlocução com o governador no Palácio dos Bandeirantes.

Já em junho em um reunião do PL em São Paulo para alinhar as candidaturas para prefeito e vereador deste ano, Valdemar Costa Neto, tratou como certa a migração de Tarcísio de Freitas para seu partido. A articulação foi feita pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), segundo o dirigente.

“Quando ele [Tarcísio] vier, tenho certeza que vou poder colaborar com ele, por gente para ajudar o Tarcísio na política. Ele não tem quem faça isso para ele. Ele colocou gente séria com ele no governo, gente qualificada, mas que não entendem do assunto, não entendem de política.”

Pedido de Bolsonaro

A migração para o PL teria sido um pedido direto de Bolsonaro a Tarcísio. O governador paulista é tido como o principal nome do bolsonarismo para as eleições presidenciais de 2026 – embora os principais auxiliares de Bolsonaro citem como primeira opção o próprio ex-presidente, apostando na queda da inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político.

Um auxiliar de Bolsonaro afirmou ao Metrópoles que a decisão de Tarcísio sobre a troca de partido já foi comunicada aos aliados tanto do Republicanos quanto do PL. Mas a migração só vai acontecer após as eleições municipais deste ano – o governador deve apoiar uma gama de candidatos, de diferentes legendas, que vão disputar prefeituras contra candidatos de esquerda.

A expectativa é de que a relação entre Tarcísio e o Republicanos permaneça amistosa, embora a ruptura formal abra caminho para o partido compor com o governo Lula a chapa para sucessão nas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.

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