domingo, outubro 6, 2024
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Bienal do Livro vai trazer Leonardo Padura e Imogen Binnie a SP em setembro

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo consolidou a fama de atrair multidões de jovens com programação de estrelas pop —e isso não deve ser diferente esse ano— mas também está preparando um programa atento aos leitores mais afeitos à ficção literária de prestígio.

Um nome que se destaca na próxima edição, que acontece de 6 a 15 de setembro, é o do cubano Leonardo Padura, que tem como sua obra-prima o romance histórico “O Homem que Amava os Cachorros”, sobre o assassinato do líder russo Leon Trótski.

O autor vem ao Brasil a convite de uma instituição carioca, o clube de leitura do Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro, e passa por São Paulo para uma conversa com o escritor gaúcho Samir Machado de Machado, de “O Crime do Bom Nazista”.

Padura está lançando por sua editora, a Boitempo, o romance “Pessoas Decentes”, em que seu infalível detetive Mario Conde investiga um assassinato político durante a visita histórica do então presidente americano Barack Obama à ilha, em 2016.

Outro destaque dessa ala da programação, que tem curadoria de Diana Passy, é o encontro com a escritora trans americana Imogen Binnie, que publicou há pouco seu “Nevada” pela Todavia. O livro, uma “road novel” de estilo punk originalmente lançada em 2013, foi celebrado pelas nuances com que aborda as questões de gênero e identidade.

A Bienal prevê também uma mesa pensando a recepção estrangeira da literatura brasileira com Itamar Vieira Junior, finalista do Booker Internacional com a versão em inglês de “Torto Arado”; Stênio Gardel, que venceu o National Book Award por “A Palavra que Resta”; e Flora Thomson-DeVeaux, tradutora de Machado de Assis ao inglês.

Haverá ainda encontros entre duas autoras de ponta na cena contemporânea, Carla Madeira e Eliana Alves Cruz; e entre Morgana Kretzmann e Miguel Nicolelis para discutir como a literatura tem abordado a crise climática.

AINDA LEMBRO Falando em Bienal, a Sextante vai trazer ao evento paulista uma best-seller de sucesso curioso —a holandesa Elma van Vliet vendeu mais de 330 mil exemplares no Brasil de sua série de livros interativos como “Mãe, me Conta Sua História?”. São obras que incentivam a conversa e a integração com a família pela anotação de relatos —para se ter ideia, o volume centrado nas avós já teve 12 reimpressões, a última com tiragem de 20 mil cópias.

O QUE EU ESTAVA LENDO E a Arqueiro, do mesmo grupo, aposta pesado numa nova tendência de horror gótico. A casa comprou os direitos dos seis livros da série “Blackwater”, de Michael McDowell, que começam a sair por aqui em março. Os títulos da saga sobrenatural, sobre um clã dono de terras no sul dos Estados Unidos que lida com uma infiltrada misteriosa, já venderam 2 milhões de cópias na Europa.

DOS VERSOS QUE EU FIZ A nova editora Piparote, surgida da revista homônima, abre seus trabalhos de forma promissora, publicando “Linhas Horizontes”, do poeta americano de origem chinesa Arthur Sze. O livro ganhou o National Book Award nos Estados Unidos há cinco anos e o autor, inédito no Brasil, já foi finalista do Pulitzer. Ele chega com tradução de Júlio Bonatti.

E AINDA ESPERO Em resposta, Morgana Kretzmann vai com o pé na porta para o mercado internacional: seu romance “Água Turva” teve os direitos de tradução comprados para quatro línguas. Sairá na França, na Alemanha, na Argentina —por uma editora, Edhasa, que poderá distribuir o livro pela América Latina — e nos Estados Unidos, como o primeiro título brasileiro do selo HarperVia, braço da HarperCollins.


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