domingo, outubro 6, 2024
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Ferimentos com linhas de pipas crescem 139% no Estado

O Estado registrou, nos cinco primeiros meses deste ano, um aumento de 139% nos acidentes com pipas. As ocorrências fizeram a Secretaria de Estado da Saúde emitir um alerta para o perigo do cerol nas linhas usadas para soltar as pipas, “que põe em risco principalmente motoqueiros, ciclistas e pedestres”, diz nota.

Pipas no céu de Ferraz de Vasconcelos, grande São Paulo (Pref. de Ferraz de Vasconcelos)

Segundo a Secretaria, entre janeiro e maio foram registrados 1.326 casos de acidentes com cerol, contra 555 atendimentos ambulatoriais em igual período do ano passado. Feito de cola e vidro moído, é praticamente invisível a olho nu e causa ferimentos e cortes profundos, que podem levar a mortes.

“O perigo costuma atingir também as crianças, que por vezes estão expostas brincando na rua e podem não perceber a linha, ou ao identificar uma pipa enroscada em rede elétrica, podem tentar se aproximar para retirá-la causando lesões por queimadura elétrica”, explica a nota.

Motos

Para motoqueiros, quando atingidos pelo cerol, com influência da velocidade do vento e do deslocamento, o ferimento pode ser ainda mais grave e profundo. São inúmeros os riscos, como hemorragia, ao lesionar vasos importantes; insuficiência respiratória aguda, ao lesionar a traqueia; e cegueira, quando ocorre o trauma ocular.

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O especialista também alerta para demais ferimentos nas regiões cervicais e em outras partes do corpo. “Pode haver mutilações, amputações, além de lesões vasculares, levando inclusive ao óbito”, afirma  Eduardo Benedetti, coordenador da equipe de cirurgia geral do Hospital Geral de Guarulhos (HGG).

Tão perigosa quanto o cerol, é a linha chilena. Ela leva na sua composição óxido de alumínio e pó de quartzo, substâncias altamente cortantes. A prática, além de trazer o risco de cortes profundos, pode induzir choques, curto-circuitos e danificar a fiação se entrar em contato com redes elétricas.

“Vale ressaltar que o cerol e demais linhas cortantes são proibidas no estado conforme a Lei 17.201/2019 que proíbe o uso, a fabricação e a comercialização do produto. A lei visa proteger a população e evitar acidentes”, finaliza a nota.


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