domingo, outubro 6, 2024
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Réu por racismo contra Taís Araújo é foragido da Justiça por homicídio

São Paulo — O empresário Celso Henrique de Oliveira Yamashita, que se tornou réu por racismo contra a atriz Taís Araújo em abril deste ano, já foi condenado por homicídio e é considerado foragido da Justiça.

O crime pelo qual ele foi condenado aconteceu em agosto 1993, quando o empresário tinha 27 anos, em Rio Preto, interior de São Paulo. Nos autos do processo consta que ele surpreendeu a vítima com disparos, o que teria tornado impossível a sua defesa.

 

Yamashita não contratou advogados e foi defendido pela Defensoria Pública. O caso correu na Justiça com inúmeras tentativas, sem sucesso, de localização do empresário. Em 2009, ele foi condenado a 10 meses e 20 dias de reclusão por homicídio, mas nunca cumpriu pena.

Após cometer o crime, o empresário se mudou para o Japão. Em 2019, após 19 anos foragido, ele regularizou temporariamente sua situação com a justiça brasileira ao obter um habeas corpus. No entanto, após um recurso do Ministério Público de São Paulo, o habeas corpus foi revogado, e Yamashita voltou a ser considerado foragido.

Desde 2014, o Brasil e o Japão possuem acordo de transferência de pessoas condenadas e, em 2024, os dois países assinaram um tratado de cooperação no combate à crimes. Mas, para que Yamashita seja detido, a justiça brasileira precisa entrar com um pedido de extradição.

A prescrição da sentença do empresário está prevista para agosto do ano que vem.

Racismo contra Taís Araújo

Em abril de 2022, Yamashita enviou mensagens de cunho racista contra a atriz Taís Araújo em um grupo do Condomínio Residencial Gaivota I, em Rio Preto, São Paulo. Era período eleitoral e a atriz havia publicado um vídeo contra a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nas mensagem, o empresário critica a posição da atriz dando a entender que se não tivesse sido aprovada a Lei Áurea a pessoa negra não poderia emitir sua opinião.

Ele foi denunciado ao Ministério Público por um outro integrante do grupo e se tornou réu por discriminação e preconceito de raça e cor em abril deste ano. A defesa de Yamashita argumenta que as mensagens foram enviadas como uma brincadeira.

Em entrevista ao Uol, o empresário negou morar no Brasil e disse que estava no grupo do condomínio em função dos filhos, que estão no país para estudar.

 

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