domingo, outubro 6, 2024
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Entenda as suspeitas que podem tirar Pablo Marçal da eleição em SP

São Paulo O pedido de suspensão do registro de candidatura do influencer Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura da capital, feito pelo Ministério Público Eleitoral, tem como base o uso de uma estrutura de cortes de vídeos para promover o ex-coach nas redes sociais que seriam feitos por colaboradores pagos com recursos não contabilizados ainda no período de pré-campanha, o que pode configurar abuso de poder econômico.

Segundo o promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean, autor do pedido que inclui, ainda, a quebra dos sigilos bancário e fiscal das empresas de Marçal, a pré-campanha de Marçal estimulava “cabos eleitorais” e “simpatizantes” a “replicar sua propaganda eleitoral” nas redes sociais, “mediante a promessa de pagamentos”. Esses recursos, alega, não foram declarados pelo influencer, que tem mais de 12 milhões de seguidores apenas no Instagram.

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Pablo Marçal (PRTB) insinua que Guilherme Boulos (PSol) tenha ligação com drogas durante debate à Prefeitura de SP da Band

Reprodução- Bandeirantes

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Pablo Marçal ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro

Reprodução/Instagram

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Pablo Marçal durante entrevista coletiva após o debate da Band em São Paulo

Renato Pizzutto/Band

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Pablo Marçal discursa no palanque de Tarcísio de Freitas em 2022

Reprodução/Instagram

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João Doria e Pablo Marçal

Reprodução/Instagram

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Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol) em debate da Band

Reprodução- Band

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O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) anuncia Pablo Marçal na Câmara dos Deputados

Reprodução/Instagram

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Pablo Marçal, candidato a prefeito de SP pelo PRTB, responde a inquérito após ser denunciado por participante de reality

Reprodução

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Pablo Marçal entrevista a economista Marina Helena (Novo) para o programa dele no YouTube

Reprodução/Instagram

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Marçal junto do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS)

Reprodução/Instagram

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A deputada estadual bolsonarista Dani Alonso (PL-SP) se diz amiga de Pablo Marçal

Reprodução/Instagram

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Pablo Marçal conversa com o senador Sergio Moro

Igor Gadelha/Metropoles

 

No processo que tramita na 1ª Zona Eleitoral da capital, o promotor anexou uma série de prints do TikTok com mensagens recentes onde diferentes perfis associados ao influencer oferecem “ganhar dinheiro apenas postando vídeos” com a promessa de faturar até R$ 10 mil por mês com os “cortes do Pablo Marçal”. A disseminação de vídeos curtos nas redes é a principal arma usada pelo candidato do PRTB para atacar os adversários.

“Com o máximo respeito, não se sabe de onde vieram os recursos utilizados para alavancar o nome do investigado e tampouco quanto de dinheiro foi utilizado nesse momento. O que se sabe, com o máximo respeito, é que tais atos
(típicos de campanha) consumiram recursos financeiros que não poderiam ser gastos nesse momento e, por isso, resta caracterizado o abuso de poder econômico”, afirma o promotor. Ainda não houve decisão do juiz eleitoral.

O pedido do MP Eleitoral foi feito a partir de representações feitas pelo PSB, da candidata Tabata Amaral, e do MDB, do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, que acusam o empresário de abuso de poder econômico por causa da “cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais” e favorecimento e promoção pessoal com “farta distribuição de brindes promocionais de candidatura”, o que é proibido por lei.

O promotor pediu ao juiz eleitoral para que Marçal seja notificado a informar o total de recursos financeiros
pagos aos titulares dos perfis que fazem os cortes e a origem do dinheiro repassado, com prova documental de Pix ou qualquer forma de transferência desses recursos para as contas bancárias, além dos dados que permitam a identificação das pessoas beneficiadas com os pagamentos.

Além de pedir liminarmente a suspensão da candidatura de Marçal, o promotor defende a abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral para aprofundar a apuração e que, ao final, o empresário e influencer seja declarado inelegível por oito anos ou tenha o diploma cassado caso seja eleito.

“No caso dos autos, é muito nítida a existência de um verdadeiro abuso de direito por parte do investigado porque este, a pretexto de desenvolver sua pré-campanha (que admite a divulgação amplíssima de ideias e opiniões políticas, mas veda o gasto excessivo e descontrolado de recursos financeiros), iniciou verdadeiramente sua campanha eleitoral, com utilização dos recursos econômicos não declarados e, outrora, originados de empresas e de financiamento públicos questionáveis, realizando atos ilícitos, não de propaganda ilícita antecipada já apuradas, mas abusando também do poder político para extrair sua vantagem indevida na captação de votos”, afirma o promotor.

O que diz Pablo Marçal

Procurada pelo Metrópoles, a campanha de Pablo Marçal disse que “não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha, nem na campanha”. A assessoria do candidato do PRTB afirmou ainda que a decisão é uma tentativa do “bloco da esquerda” de “tentar frear quem realmente vai vencer as eleições”.

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