segunda-feira, outubro 7, 2024
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Senado deve analisar projeto que libera cigarros eletrônicos

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve votar nesta terça-feira (20) o projeto de lei que regulamenta a produção e comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil. A proposta, de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e relatada pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO), visa regularizar o comércio dos chamados vapes, atualmente proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009.

Senado Deve Analisar Projeto que Libera Cigarros Eletrônicos
(pixabay.com)

Principais Pontos do Projeto

O projeto de lei estabelece diversas regras para a comercialização e uso dos cigarros eletrônicos. Entre os principais pontos estão:

  • Venda Restrita a Maiores de 18 Anos: A proposta autoriza o uso do produto apenas para maiores de idade. Empresas que venderem cigarros eletrônicos para menores de 18 anos serão punidas com multas que variam de R$ 20 mil a R$ 10 milhões.
  • Proibição em Locais Fechados: O uso de vapes será proibido em locais coletivos fechados, sejam públicos ou privados, seguindo as mesmas regras do cigarro convencional.
  • Restrição de Propaganda: A publicidade dos cigarros eletrônicos será restrita a estabelecimentos que vendem o produto e deverá incluir verificação de idade. Propagandas em redes sociais e outros meios serão proibidas.
  • Rotulagem e Sabores Permitidos: As embalagens não poderão sugerir benefícios como redução da ansiedade ou aumento da libido. Os sabores permitidos incluem tabaco, frutas, mentolados e menta.

Debate e Controvérsias

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A regulamentação dos cigarros eletrônicos é um tema controverso. Defensores argumentam que a regularização pode gerar arrecadação significativa em tributos e permitir um controle mais rigoroso sobre a qualidade dos produtos. Por outro lado, críticos apontam os riscos à saúde, especialmente entre jovens, e a possibilidade de aumento do consumo devido à maior acessibilidade.

Impacto na Saúde Pública

A Anvisa mantém a proibição dos cigarros eletrônicos devido aos danos à saúde comprovados em estudos internacionais. Em países onde o produto foi liberado, como Estados Unidos e Reino Unido, houve um aumento significativo do consumo entre crianças e adolescentes. O vape pode conter até 20 vezes mais nicotina que o cigarro comum, tornando-o altamente viciante.

Próximos Passos

Se aprovado na CAE, o projeto ainda precisará ser analisado pelo plenário do Senado antes de seguir para a Câmara dos Deputados. A votação desta terça-feira é um passo crucial no processo de regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil.


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