segunda-feira, outubro 7, 2024
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Janones diz ver Marçal no segundo turno e aconselha Boulos a devolver ataques 'na mesma moeda'

O deputado federal André Janones (Avante-MG) diz acreditar que o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) já garantiu a sua vaga no segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo —isso se não se sagrar vencedor na primeira etapa das eleições, em 6 de outubro.

O parlamentar, que ficou conhecido como uma versão lulista do vereador Carlos Bolsonaro (PL) no pleito de 2022 e é um fenômeno nas redes sociais, avalia que Guilherme Boulos (PSOL), a quem apoia, pode vencer o influenciador digital, mas está usando a estratégia errada para combater o adversário.

“Com quem quer dialogar propostas, você dialoga propostas. Com quem vem com agressividade para cima de você, você vai com agressividade também. Essa não é a lógica de uma campanha, mas é a lógica das redes sociais”, afirma o deputado à coluna.

“Para cada meme, para cada ato de agressividade, para cada ação, você devolve na mesma moeda. Essa é a lógica que eu gostaria que fosse? Não. Mas é o que a gente tem para hoje”, acrescenta.

Janones diz que não foi procurado pela campanha de Boulos para compartilhar seus conselhos sobre como enfrentar Marçal, mas reitera sua disposição, já declarada em publicações feitas nos últimos dias, de entrar na briga contra o ex-coach.

“Acho que é uma obrigação do campo progressista impedir a vitória eleitoral do Marçal”, diz. “Na escola em que ele estuda, eu dou aula. Há muito tempo.”

O parlamentar rejeita a tese de que o influenciador já poderia ter atingido um teto de popularidade depois de disparar em relação a outros candidatos.

Pesquisa Datafolha publicada no dia 22 deste mês mostrou que Marçal cresceu sete pontos em duas semanas e está empatado na liderança da disputa. Ele marcou 21%, no mesmo patamar de Boulos (PSOL), que oscilou de 22% para 23%, e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi de 23% para 19%.

Janones diz não ter sido surpreendido com o salto nas pesquisas. “Ele fala com 70 milhões de brasileiros por dia [por meio de suas redes sociais]. A chance de ele transformar essas pessoas em eleitores era muito grande”, afirma.

“É como se ele fosse dono do que era uma emissora de TV nos anos 1990, nos anos 2000. Ele pode falar qualquer coisa. A audiência é muito grande. É como se ele fosse dono da Rede Globo nos anos 1990. Para mim, o Marçal não tem teto”, completa.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH


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