segunda-feira, outubro 7, 2024
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Datafolha mostra um caminho para Nunes e a velha política

A divulgação da pesquisa Datafolha nesta quinta-feira (5) levou ao entorno do prefeito Ricardo Nunes (MDB) um sentimento de euforia como não se via desde o início oficial da campanha eleitoral, no mês passado.

Embora estejam longe de espantar o fantasma de Pablo Marçal, os números oferecem uma trilha para o emedebista conquistar um novo mandato.

Ela já havia sido esboçada na véspera por um vídeo do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que vem se tornando o grande fiador do prefeito. Em poucas palavras, diz que votar em Marçal no primeiro turno é eleger Guilherme Boulos (PSOL) no segundo.

Os dados comprovam essa percepção, pois Boulos perde 12 pontos do prefeito na etapa final, mas vence por 6 o ex-coach. Um movimento pesado de voto útil pró-Nunes será estimulado a partir de agora. Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB) são os que mais correm risco de desidratar.

Há outras boas notícias, além da óbvia subida de três pontos percentuais –tecnicamente uma oscilação na margem de erro, mas com grande chance de indicar tendência. A principal é que Nunes equilibrou o jogo entre os evangélicos.

Falta agora anular, ou ao menos reduzir, a dianteira de Marçal entre os bolsonaristas, onde o ex-coach ainda é soberano. Tem 50% entre os fãs do ex-presidente, contra 28% do prefeito.

A aposta é que esse cenário possa mudar com a entrada efetiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha, com gravações para o programa de TV e um ou dois atos de rua. Se houver um aceno do capitão no ato de 7 de Setembro na avenida Paulista, tanto melhor. Se Marçal não for, ainda mais conveniente.

Da mesma forma que aliados de Nunes expressaram nas últimas semanas um sentimento derrotista talvez exagerado, com a fuga em massa de candidatos a vereador, o estourar de champanhe no viaduto do Chá agora também parece precipitado.

Marçal tem um percentual alto de voto consolidado (70%), e é cedo para dizer que seu toque de Midas digital e suas calculadas excentricidades televisivas tenham perdido o efeito.

Mas, pela primeira vez em algum tempo, há um sentimento de que a essência da velha política, como poder da máquina e tempo de TV, pode triunfar.

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