Pacheco é criticado na Paulista por não pautar impeachment de Moraes
São Paulo — O presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (PSD-RO) é um dos alvos do ato da tarde deste sábado (7/9) na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. O evento convocado pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), pede, principalmente, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Não há previsão constitucional para o impeachment de um ministro do STF. Apesar disso, o inciso II do artigo 52º da Constituição Federal diz que compete ao Senado processar e julgar ministros do Supremo quanto a crimes de responsabilidade.
Ao discursar do alto de um trio elétrico na Avenida Paulista, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) afirmou que mais de 150 deputados federais assinaram um pedido de impeachment que, segundo ela, será entregue à presidência da Casa na próxima segunda-feira (9/9). Ela ainda afirmou que há 31 senadores favoráveis à derrubada de Moraes.
De acordo com Kicis, parlamentares da oposição prometem obstruir os trabalhos, “parar a Câmara dos Deputados”. “Está na vez de o Congresso se levantar até que Pacheco receba o pedido de impeachmet”, disse.
“Por causa de um covarde nós estamos aqui hoje, e o nome dele é Rodrigo Pacheco. Não pode o poder de decisão ficar na mão desse homem”, argumentou a também deputada federal Julia Zanatta (PL-SC).
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que “Pacheco escolheu a covardia”. Ferreira também citou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-SL), condicionando o apoio aos candidatos endossados por Lira nas eleições municipais à anistia aos “presos políticos” detidos nos atos de 8 de Janeiro em Brasília.
A Secretaria da Segurança Pública não divulgou a estimativa de público presente no ato na Paulista neste sábado. A reportagem do Metrópoles observou que todos os quarteirões da avenida estavam cheios.