domingo, outubro 6, 2024
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Ricardo Senese defende uso de imóveis abandonados e reestatização do transporte em sabatina Folha/UOL

Candidato à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Senese (UP) defendeu a institucionalização da ocupação de imóveis abandonados e a reestatização do transporte público durante sabatina promovida pela Folha e pelo UOL na manhã desta quarta-feira (11).

Ele propôs ainda a realização de mutirões populares para a construção de novas moradias.

Senese é dirigente da Federação Nacional dos Metroviários e esteve à frente da greve de 2014 que parou o metrô de São Paulo por cinco dias. Tenta um cargo eletivo pela primeira vez.

A mediação da sabatina foi de Fabíola Cidral, com participação de Raquel Landim, do UOL, e Fábio Haddad, editor de Cotidiano da Folha.

Senese também afirmou que a reestatização dos transportes é necessária para combater a máfia que ele disse existir hoje no setor, com suspeitas de envolvimento da facção criminosa PCC. Ele disse ainda que o serviço deve voltar a oferecer linhas que foram suspensas e ir para o caminho da tarifa zero.

O candidato da UP defendeu ainda a revisão de nomes de estruturas e ruas que homenageiam figuras históricas controversas, na linha do movimento que ateou fogo à estátua do bandeirante Borba Gato em 2021. Senese disse, por exemplo, que não é possível fazer deferências a presidentes da ditadura militar que adotaram uma “política de terrorismo” contra o povo.

“Não podemos homenagear pessoas que reprimiram, violentaram e foram racistas”, afirmou.

Na área da educação, Senese pregou mudanças no currículo escolar pensadas a partir de conselhos populares formados por professores, pais e adolescentes maiores de 16 anos. “A educação popular é com a participação das pessoas”, disse.

O candidato também detalhou a proposta de instalar lavanderias coletivas nas periferias para permitir mais flexibilidade de tempo para as mulheres e “combater o machismo estrutural”, segundo ele. “A gente quer igualdade no serviço doméstico”, diz.

O modelo é inspirado no trabalho da vice Julia Soares, que coordena uma casa de acolhimento para mulheres vítimas de violência doméstica, no Pari, na região central. “A partir dessa experiência, temos certeza que é possível universalizar o trabalho coletivo das mulheres”, disse.

Senese atacou os adversários Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), que chamou de fascista. “O discurso de ódio é uma forma política de um setor da sociedade fascista, que gostaria de dar um golpe militar e eliminar o STF e o Congresso Nacional para reduzir a democracia.”

Além de Senese, outros postulantes foram convidados para as sabatinas. Na quarta-feira (4), foi a vez de Pablo Marçal (PRTB). Tabata Amaral (PSB) foi sabatinada na quinta-feira (5), Ricardo Nunes (MDB), na sexta-feira (6), e Guilherme Boulos (PSOL), na segunda-feira (9).

Na terça-feira (11,) foi a vez de Altino Prazeres (PSTU). Nesta quinta-feira (12), virá João Pimenta (PCO), e José Luiz Datena (PSDB) fecha a semana na sexta-feira (13). A entrevista com Bebeto Haddad (DC) ocorrerá em 16 de setembro, e Marina Helena (Novo) será sabatinada em 18 de setembro.

Folha e UOL têm feito uma série de sabatinas com candidatos de todo o país. O ciclo de entrevistas foi iniciado em 10 de junho com os postulantes de Belo Horizonte e está sendo feito, ao todo, em 18 cidades.

Além disso, Folha e UOL promoverão debate com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. O encontro no primeiro turno será em 30 de setembro, às 10h. Caso haja segundo turno, haverá outro em 21 de outubro, também às 10h.

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